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02.12.2014
Tempo de leitura: 4 minutos

Entrevista com João Paulo Nogueira Ribeiro, criador do Horas da Vida

Criado em dezembro de 2012, o Horas da Vida nasceu para que mais pessoas tenham acesso à saúde de maneira organizada. Confira a entrevista com seu idealizador!

Entrevista com João Paulo Nogueira Ribeiro, criador do Horas da Vida

Criado em dezembro de 2012, o Horas da Vida nasceu como uma solução para que mais pessoas tenham acesso à saúde de maneira organizada.

O projeto idealizado pelo Dr. João Paulo Ribeiro e Rubem Ariano conecta profissionais e empresas da área de saúde que atende gratuitamente pessoas assistidas por instituições com trabalho social reconhecido.

A missão é servir como modelo inspirador e exemplo de como a sociedade pode se organizar, baseando-se nos valores de humanização, inclusão, resolutividade, respeito e comprometimento, de forma que cada vez mais pessoas tenham acesso irrestrito à saúde.

 

O Programa Horas da Vida foi criado em dezembro de 2012, o que aconteceu durante essa época que serviu de gatilho para a criação do programa?

Fundei em 2011 a ConsultaClick (soluções em saúde e agendamento online de consultas). No final de 2012 contávamos com um grande número de agendas (horários) disponíveis que não eram utilizados e pensamos em aproveitar esses horários perecíveis para atender alguém menos favorecido e viabilizar o voluntariado na área da saúde.

Eu já fazia o atendimento voluntário em meu consultório e tinha conhecimento que muitos de meus amigos e colegas também o faziam… está na vocação do profissional da área da saúde

Meu sócio, Rubem Ariano, também compartilhava comigo desses valores (retribuir, ajudar o próximo).

Ganhei um prêmio de HBS (Harvard) OPM2012, disciplina de inovação. O prêmio foi uma consultoria que apontou um forte viés de inclusão, acesso e uma recomendação para nos aproximarmos mais da sociedade.

Esses foram os fatores que somados nos motivaram a criar o Horas da Vida.

Como foi o processo de encontrar médicos interessados em fazer parte do Horas da Vida?

Não são apenas médicos. Dentistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas… as 9 profissões da área da saúde.

No começo, chamei os amigos. No boca a boca, mesmo. Na sequência, o crescimento foi acontecendo pois tenho, como médico, uma grande rede de contatos na área da saúde. Felizmente a adesão é muito grande, pois percebemos uma vontade de ajudar que vinha de encontro ao nosso mecanismo que facilitava todo o processo.

O programa foi inspirado em algum modelo já existente?

Não. E o interessante, que a Nova SB, uma agência de marketing que nos atende pró-bono, realizou uma pesquisa que apontou que somos a primeira plataforma digital no mundo que viabiliza o voluntariado na área da saúde.

Quem são as pessoas com mais difícil acesso a saúde?

Em geral aquelas que não possuem a informação correta de como funciona o sistema e aquelas que sofrem com as carências regionais. Mas, no nosso caso, direcionamos o atendimento gratuito a pessoas assistidas por ONGs que fazem um trabalho sério e reconhecido. Assim temos a certeza, que esta triagem, identifica quem tem um problema de saúde e não pode pagar para resolvê-lo.

Vocês realizam mutirões relacionados a diversas necessidades de saúde, há algum caso em particular em que a vida de uma pessoa foi transformada por conta de um desses mutirões?

Existem muitos casos. Alguns deles muito marcantes, como o caso de uma criança de 9 anos de idade que chegou até o Horas da Vida com a suspeita de autismo. Na avaliação dela encontramos uma deficiência visual: 9 graus de miopia. Conseguimos óculos e no acompanhamento desta criança, ela se mostrou completamente normal. Uma ação simples que certamante fez a diferença na vida dela.

Onde são feitas as palestras para promoção de saúde e controle de doenças crônicas? E como vocês conseguem angariar um público para essas palestras?

São realizadas nas ONGs que atendemos com as pessoas que são assistidas por elas.

Como o trabalho voluntário se encaixa na rotina de um médico?

Com o Horas da Vida de forma extremamente simples. Pois o profissional voluntário recebe o paciente triado para sua especialidade, no seu próprio consultório no dia e hora que ele pode disponibiliza para o atendimento.

Quais são os planos para o Horas da Vida nos próximos 5 anos?

Expansão nacional e criar o braço de educação na saúde.


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