Secretarias de Educação de todo o país apropriam-se de objetos digitais para renovar seus métodos de ensino
Secretarias de Educação de todo o país apropriam-se de objetos digitais para renovar seus métodos de ensino.
Em operação em mais de 15 estados do país, por meio de parcerias com secretarias estaduais ou municipais de educação, a plataforma Escola Digital, que permite a customização de conteúdos pedagógicos para redes educacionais, continua se expandindo e alcançando novas regiões. A parceria mais recente foi iniciada com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), no Espírito Santo, onde a versão customizada da ferramenta recebe o nome “Currículo Interativo Digital”.
Fruto de uma iniciativa conjunta da Fundação Telefônica Vivo, Instituto Natura e Instituto Inspirare, a plataforma reúne originalmente mais de 4 mil Objetos Digitais de Aprendizagem (ODAs), entre animações, jogos, simuladores, aplicativos e outros tipos de mídia, que cobrem todas as disciplinas da educação básica, em um acervo gratuito e aberto à customização.
No contexto do Espírito Santo, o ambiente virtual foi inaugurado com 1,3 mil conteúdos selecionados pela equipe da Sedu, que poderão ser utilizados dentro e fora da sala de aula, alcançando a mais de 300 mil alunos, 20 mil educadores e 502 escolas urbanas e rurais. Alguns deles podem ser modificados ou baixados para uso off-line. Além disso, professores poderão formar turmas para facilitar a dinâmica da aprendizagem de seus alunos na plataforma. Será possível acompanhar se o aluno estudou ou não e qual o seu desempenho, além da possibilidade de criar gincanas, por exemplo.
A proposta é enriquecer e dinamizar as práticas pedagógicas, tornando a escola mais atrativa para jovens cada vez mais conectados, apoiar alunos que queiram aprofundar os estudos e ainda incentivar a participação da família na vida escolar dos filhos.
“Para os alunos é mais amigável aprender assim”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Haroldo Corrêa Rocha, em entrevista ao portal G1. Uma das novidades é que o conteúdo estará acessível para todos, dispensando o cadastro. Assim, não só alunos e professores, mas qualquer cidadão pode estudar com o material. A plataforma inclui ainda conteúdo para Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial e, a partir do segundo semestre de 2016, deve ganhar uma versão com rede social para promover a interação entre professores e alunos.
Na visão dos idealizadores da plataforma, a tecnologia somada ao conhecimento funciona como um instrumento importante de promoção de igualdade de oportunidades. “São pontes para o desenvolvimento pessoal e social”, acredita a gerente de projetos sociais da Fundação Telefônica Vivo, Mila Gonçalves. Outra característica do Escola Digital, como conclui Maria Slemenson, do Instituto Natura, é trazer o aprendizado com “linguagem adequada ao perfil de cada um e permitir o avanço dos estudos em ritmos diferentes”.