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15.07.2021
Tempo de leitura: 6 minutos

Healthtechs: Startups voltadas para a saúde crescem no país

Na pandemia, número de empreendimentos que utilizam a tecnologia no ramo da telemedicina passou de 248 para 542

O ano de 2020 trouxe para o mundo um desafio inesperado: uma crise sanitária causada pela pandemia do coronavírus. Com o isolamento social, a ida aos hospitais passou a ser recomendada apenas em caráter de extrema necessidade e, desta forma, a telemedicina passou a fazer parte do cotidiano da população.

No dia 15 de abril de 2020 entrou em vigor a Lei nº 13.989, que autoriza a prática de telemedicina para todas as áreas da saúde no Brasil. Ela é definida como o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e para a promoção da saúde.

Diante deste cenário, as healthtechs, startups de serviços de saúde, surgiram como uma solução rápida para auxiliar o setor com tecnologia de ponta e suprir uma demanda do sistema.

Essa modalidade permite que mesmo fora dos consultórios, as pessoas possam receber o atendimento de que necessitam, com maior agilidade e mantendo o distanciamento social.

Leia mais: Jovens participam de maratona digital para promover a prevenção do conoravírus

Healthtechs bateram recordes em 2020

Dados da HealthTech Report 2020, pesquisa realizada pela consultoria Distrito, mostram que o número de startups no setor da saúde cresceu 118% no Brasil e passou de 248 para 542 entre os anos de 2018 e 2020. E, apenas no ano passado, as startups deste setor captaram em investimento cerca de US$66,5 milhões.

Para muitos empreendedores, este momento de procura maior por estes serviços de telessaúde representa uma oportunidade de crescimento.

Veja abaixo uma lista de 6 startups de saúde que estão crescendo com inovação e investimento em tecnologia.

AfroSaúde

AfroSaúde é uma healthtech de impacto social que busca dar visibilidade aos profissionais de saúde negros e conectá-los com o público que procura por essa representatividade e qualidade no atendimento voltado às necessidades específicas da população negra.

A startup baiana surgiu em 2020, da ideia Arthur Lima, cirurgião dentista e do jornalista Igor Leonardo, ao notarem que não encontravam essa diversidade na área da saúde.

Na plataforma, o paciente pode buscar por médicos, dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de atuação em saúde em diferentes áreas. Também é possível encontrar especialistas por estado ou cidade e ainda escolher a forma de pagamento, além de ver os convênios que oferecem cobertura.

Atualmente são mais de 1200 profissionais cadastrados, em 130 cidades diferentes e mais de 30 especialidades.

Dandelin

Dandelin, plataforma que conecta pacientes a médicos, surgiu como uma alternativa aos tradicionais planos de saúde, com mensalidade fixa de R$100.

A healthtech permite um agendamento ilimitado de consultas mensais, em mais de 60 diferentes especialidades médicas, o que poupa o pagamento caro por consultas particulares.

Com a pandemia, o faturamento da startup mais do que quadruplicou. E em 2021, o número de atendimentos realizados pela plataforma cresceu 4 vezes quando comparado ao número de agendamentos feitos no mesmo mês de 2020. Nos últimos 4 meses, a startup ganhou 34% mais clientes, com 5.200 pessoas cadastradas.

O projeto foi idealizado pelo empreendedor Felipe Burattini, após observar que 70% dos brasileiros não tinham plano de saúde particular, o que sobrecarregaria o SUS.

Clude

Clude nasceu com os empresários Marcio Mantovani e Marcos Colussi Carneiro em janeiro de 2019. Os dois vieram da área da saúde e tiveram a ideia de criar uma plataforma para levar serviços relacionados à saúde por um preço acessível. 

Por meio da plataforma, é possível ter acesso a consultas médicas a partir de R$ 70 e ter atendimento on-line com médicos, farmacêuticos e descontos em vacinas, exames e cirurgias. 

Mas os fundadores não quiseram parar por aí, e resolveram acrescentar diversos outros serviços à plataforma. Hoje, o serviço oferece também descontos em opções de lazer, como restaurantes, teatros, viagens e roupas, além de programa nutricional personalizado, transformando a startup em clube digital de vantagens.

Memed

Fundada em 2012, a Memed é uma plataforma que permite aos pacientes ter a versão digital das receitas e comprar medicamentos on-line ou presencialmente, sem a necessidade de apresentar uma receita médica em papel e preocupar-se com possíveis erros de entendimento nesta jornada.

Funciona assim: os médicos prescrevem receituários e os pacientes os recebem digitalmente, prontos para serem apresentados aos farmacêuticos. O procedimento é feito pelo celular e a receita é enviada via SMS. Apesar de estar no mercado há nove anos, a startup decolou no ano de 2020.

No mês de março do ano passado, o número de drogarias que aceitam prescrições digitais da Memed passou de duas, na capital paulista, para mais de 40 mil em todo o território nacional, o que gerou um aumento de 1000% no uso do plataforma.

A Memed nasceu em 2012 como uma empresa familiar, fundada por Ricardo Moraes, René Moraes e pelo primo Marcel Moraes Ribeiro. Rafael é especializado em dermatologia, assim como o primo Marcelo. A plataforma surgiu de uma percepção dos dois durante o dia a dia como médicos.

Sami

Esta é uma das healthtech que mais cresceram no Brasil no ano passado. Com plataforma digital integrada e time de saúde disponível on-line 24 horas por dia, a Sami é voltada para empresas de pequeno porte e profissionais liberais de São Paulo.

Por meio do aplicativo da Sami, disponível para IOS e Android, é possível ter acesso ao histórico médico do paciente, aos arquivos de exames e receitas. É também por meio do app que o usuário pode entrar em contato por texto, áudio e vídeo com sua equipe de saúde. Quando necessário, o time de saúde coordena e orienta o tratamento com outros médicos e avalia a necessidade de realizar exames laboratoriais.

A startup foi fundada em 2018 pelos empreendedores Vitor Asseituno e Guilherme Berardo. Eles identificaram que o mercado brasileiro de planos de saúde enfrentava problemas como baixa qualidade no atendimento médico e altos custos de operação.

Alice

A startup de saúde Alice começou a vender seus planos de saúde em julho de 2020. A proposta é oferecer um atendimento digital, incluindo a distribuição de oxímetros para acompanhamento dos pacientes em casa. Este serviço trouxe resultados tanto em saúde quanto para os números do negócio. Além de uma baixa taxa de internações por Covid-19 entre os pacientes com casos confirmados da doença, a startup apresentou crescimento de 58% no ano passado.

A Alice foi fundada por André Florence, Guilherme Azevedo e Matheus Moraes em 2019. Todos já trabalharam em empresas de tecnologia de outros ramos.

O usuário contrata digitalmente um plano de saúde da Alice, que inclui uma equipe feita por enfermeiro, médico, nutricionista e preparador físico. Os profissionais montam um plano de ação dependendo dos objetivos que o usuário quer alcançar. A Alice já realizou mais de 10 mil atendimentos digitais.

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