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A 1ª edição da ‘Semana da Mídia na Escola’ reuniu estudantes, educadores e profissionais para discutir o papel das mídias na educação

Redes sociais, fake newscyberbullying, discurso de ódio nas redes, deep web, internet das coisas, inteligência artificial, realidade aumentada. Com certeza você já se deparou com alguns desses temas enquanto rola a tela do seu celular ou computador, certo? Mas você já parou para pensar como tudo isso afeta seu dia a dia e influencia suas escolhas?

Pois foi pensando em todos esses assuntos que nasceu a Semana da Mídia na Escola, um evento que reuniu, pela primeira vez, estudantes, educadores e profissionais da comunicação para pensar e discutir como as mídias digitais atreladas à tecnologia impactam na educação.

A iniciativa é do professor Marcio Gonçalves, que é educador Google Innovator e desenvolveu este projeto dentro da Academia de Educadores do programa Google For Education no Brasil. A ideia foi inspirada em outros eventos que acontecem ao redor do mundo, como a Semana de Imprensa e Mídia na Suíça e na França e que, assim como Brasil, têm como objetivo o compartilhamento de práticas que abordam criação e produção de conteúdo das mais diversas mídias na escola.

Assim, durante esses cinco dias, participantes de todo o país se encontraram em lives para compartilharem conhecimentos e iniciativas.

O Colégio Técnico de Floriano, da Universidade Federal do Piauí, por exemplo, aderiu à Semana promovendo diversas atividades conduzidas por estudantes da escola e professores orientadores. Outra instituição que abraçou a ideia foi a Universidade Federal de Mato Grosso, cujos integrantes do projeto de extensão dos cursos de Cinema e Radialismo promoveram atividades para a comunidade.

“Em tempos de eleições, entender sobre discurso de ódio, manipulação de imagens e fake news torna-se ainda mais urgente. Tudo isso é aprendido quando colocamos a mão na mídia e entendemos os bastidores dessas produções”, Marcio Gonçalves.

Por ser impossível pensarmos hoje em comunicação sem citarmos o papel que a tecnologia representa — principalmente quando falamos em internet e redes sociais — é que, segundo Marcio, desenvolver um pensamento crítico acerca do uso dos recursos tecnológicos dentro e fora da sala da aula é fundamental, ainda mais em um momento como este da pandemia da COVID-19, em que muitas escolas ainda estão fechadas ou optaram pelo ensino remoto.

“A escola deve ser um lugar para essas criações e reflexões. É o despertar para o pensamento crítico diante da informação que circula na rede”, diz. “Nós nos tornamos produtores de conteúdo cada vez mais cedo. E a expressão ‘mídia’ vai além da televisão, do rádio e dos jornais. Por esse motivo, a escola precisa iniciar o debate, por exemplo, sobre o campo jornalístico-midiático que é apresentado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Não basta assistir a um telejornal. É preciso indagar o porquê da escolha das imagens que compõem a notícia. É importante questionar os fatos”, explica Marcio. (Veja mais detalhes sobre a BNCC ao lado).

Das 10 competências estabelecidas no documento da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Básica, destacam-se as de número 5 e 7.

São elas:

5ª. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

7ª. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

E como o pensamento computacional, que nos ajuda a entender processos e gerar soluções, pode nos auxiliar nessa leitura de mundo tão conectado e repleto de informações em que vivemos? Bem, o professor Márcio tem uma dica: “Para pensar o mundo digital, nada melhor que iniciar com papel e lápis”, diz. Ou seja, o online e offline podem caminhar juntos no desenvolvimento do nosso uso das tecnologias digitais.

Essa é justamente a ideia para a segunda edição da Semana da Mídia na Escola, que tem data prevista para acontecer entre 25 e 29 de outubro de 2021. Segundo Marcio, a meta é envolver atividades que possam ser feitas tanto online quanto offline, e também presencialmente.

“Queremos que estudantes e professores possam pensar em mídias na escola com o analógico também. É possível realizar oficinas de Fotografia, de Jornalismo e de Publicidade. Para isso acontecer não precisamos de internet. Necessitamos apenas de pessoas e criatividade”.

SEMANA DA MÍDIA NA ESCOLA: UM EVENTO DE DESCOBERTAS E APRENDIZAGENS SOBRE COMUNICAÇÃO
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