Confira algumas das principais premiações que em 2021 destacaram projetos desenvolvidos por jovens estudantes de todo o mundo, inclusive do Brasil. Inspire-se!
Em todo o mundo, existe uma série de competições, premiações e iniciativas que incentivam jovens estudantes a identificarem os seus talentos nas mais diversas áreas do conhecimento e colocarem a mão na massa em projetos científicos e sociais.
Quando um estudante participa de uma disputa desse tipo, ele se prepara e se dedica ainda mais a uma determinada disciplina. Competências como concentração, organização e foco costumam ser exercitadas. Além disso, ao desenvolver um projeto para concorrer a um prêmio, o jovem tem a oportunidade de descobrir habilidades que poderão ser trabalhadas em seu futuro acadêmico, profissional ou pessoal.
Selecionamos 5 das principais premiações que incentivam estudantes a usarem a criatividade e os conhecimentos adquiridos nos estudos para serem premiados. Em todas elas, jovens brasileiros foram destaques este ano. Confira!
1- Global Student Prize
O Global Student Prize é uma iniciativa inédita, lançada em 2021 pela Varkey Foundation para premiar jovens estudantes, a partir de 16 anos, que promovem grandes mudanças nas formas de aprendizagem de suas comunidades locais. Mais de 3,5 mil indicações de 94 países concorreram na primeira edição.
Jeremiah Thoronka, de 20 anos, de Serra Leoa, foi o grande vencedor do prêmio de US$ 100 mil. Ele desenvolveu o Optim Energy, um sistema de energia cinética sustentável baseado no movimento dos pedestres para criar uma corrente de energia limpa. Sua iniciativa impactou muita gente, levando energia elétrica para 150 famílias e 9 mil estudantes do seu país.
O Brasil também fez bonito na competição. Ana Júlia Monteiro, de 18 anos, é aluna da Escola Industrial de Educação Básica do Sesi Abelardo Lopes, em Maceió (AL). Ela ficou entre os 10 finalistas do Global Student Prize, sendo a única representante da América Latina.
Entre as pesquisas que a jovem fez com a equipe da escola, duas chamaram a atenção do Global Student Prize. Uma delas é sobre a criação de um telhado sustentável, feito a partir de cascas de sururu, chamado “ecossururu”. A outra é o projeto “aerador sustentável”, um mecanismo para aumentar a produção de leite em áreas mais secas, oxigenando a água do gado com energia eólica. A ideia é produzir um leite de melhor qualidade.
2- Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
A Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) tem como objetivo difundir o conhecimento astronômico para a sociedade brasileira. A competição organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), é uma das mais tradicionais olimpíadas ofertadas aos estudantes do país.
Sua proposta é despertar o interesse dos alunos pela Astronáutica, Física e Astronomia, por meio de uma metodologia lúdica e cooperativa. Em 2021, a prova bateu recorde de participantes, com mais de 900 mil alunos inscritos.
A pequena Nicole Oliveira, de 8 anos, é a atual bicampeã da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, por ter conquistado a medalha de ouro em 2020 e 2021. Além disso, ela ainda pode ser a mais jovem “caçadora” de asteroides da história. A alagoana de Maceió identificou 23 corpos celestes. Atualmente, a Nasa, a agência espacial americana, estuda as descobertas de Nicole. O processo de reconhecimento pode levar até oito anos para ser finalizado.
3- Prêmio Carcará de Audiovisual
O Prêmio Carcará de Audiovisual tem o objetivo de desenvolver processos culturais e educativos, inovadores e inclusivos, por meio do uso do celular, para a produção e divulgação de conteúdos audiovisuais. A ideia é estimular o protagonismo entre os jovens, o trabalho em equipe e em rede junto aos alunos das escolas públicas estaduais do Rio Grande do Norte.
Neste ano, mais de 180 vídeos foram inscritos no festival. Cada vídeo foi produzido por um grupo de três alunos, totalizando mais de 560 estudantes, de todas as regiões do estado. Foram selecionadas as três melhores produções que relatam a rotina dos estudos e da comunidade durante o período de distanciamento social. Ao todo, 60 alunos, divididos em 20 equipes, foram selecionados pelo prêmio.
Como resultado, as equipes selecionadas irão produzir uma série de quatro documentários sobre o patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte, com foco na literatura de cordel, em esculturas e nas danças populares. Além disso, as 20 melhores equipes terão seus vídeos exibidos durante a realização do Festival Potiguar de Audiovisual e passarão a integrar uma rede de realizadores audiovisuais do RN.
4- SPONGE Korea 2021
Oferecido e organizado pelo Ministério da Educação da Coreia, a competição SPONGE (SDGs Project On Global Citizenship Education) foi criada para apoiar o desenvolvimento de projetos sociais e ecológicos que cumprem os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da UNESCO.
O Projeto Verus, desenvolvido por estudantes do Instituto Alpha Lumen, de São José dos Campos (SP), conquistou o segundo lugar pelo júri especializado. A palavra Verus vem do latim “verdade” ou “realidade”. O projeto visa esclarecer assuntos relacionados à saúde e ao coronavírus, atuando contra as fake news sobre a pandemia da Covid-19, a fim de prevenir e combater o compartilhamento de notícias sem base científica. Tudo por meio do Instagram.
Ao todo, 134 projetos foram inscritos na competição, vindos de mais de 20 países.
5- Regeneron ISEF 2021
A Regeneron ISEF 2021 é uma premiação realizada durante a Regeneron International Science and Engineering Fair (Regeneron ISEF 2021), evento realizado pela Society for Science, organização sem fins-lucrativos sediada nos Estados Unidos. Seu objetivo é promover e expandir a alfabetização científica, a educação em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e a pesquisa científica.
Cinco projetos científicos do Brasil foram reconhecidos na edição deste ano, desenvolvidos por estudantes do Ensino Médio e Técnico da Bahia, do Paraná, do Rio Grande do Sul e de São Paulo. A exposição contou com a participação de cerca de 1.800 jovens, de 65 nacionalidades.
Um dos destaques foi o case da jovem Rafaela Curcio, estudante da ETEC Best Benedito Storan, de Jundiaí (SP), que conquistou o terceiro lugar na categoria Engenharia Ambiental com o projeto Análise de Água Automatizada: Desenvolvimento de um Drone à Base de Microcontroladores.
A iniciativa consiste em um drone feito com uma esfera de isopor, com 500 milímetros de diâmetro, e motores que fazem o processo de bombeamento de água. A ideia é que o protótipo seja autônomo e substitua o trabalho de um técnico em análise da água, já que muitos locais oferecem risco à saúde desses profissionais.
Outros três projetos ficaram em quarto lugar nas categorias Ciências Sociais e Comportamentais, Microbiologia e Botânica.