Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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25.05.2022
Tempo de leitura: 5 minutos

Defasagem de aprendizagem: como trabalhar diante desse cenário?

Conheça o curso sobre defasagem de aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental e prepare-se para avançar na retomada das aulas

Professora orienta um estudante em sala de aula. Ela é uma mulher branca, vestindo um casaco branco e usa os cabelos presos. Está em pé, ao lado do aluno e sorri enquanto aponta para o conteúdo que está sobre a carteira. O aluno é um menino negro, de cabelos cacheados e veste uma camiseta listrada preta e branca.

A defasagem de aprendizagem é uma realidade comum no Brasil.  Apesar de cada rede de ensino ter trabalhado estratégias diferenciadas durante o período de pandemia, a questão segue impactando o cenário educacional brasileiro.

De acordo com um informe publicado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 2022, o desempenho de aprendizagem dos estudantes brasileiros regrediu o equivalente a uma década nesses últimos anos. Sobretudo nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.

De maneira idêntica, indicadores como distorção idade-série, evasão escolar e alfabetização foram impactados negativamente pela pandemia. Por isso, um dos maiores desafios dos educadores com a retomada das aulas presenciais é trabalhar diante de um cenário de defasagem.

Além do Brasil, a defasagem de aprendizagem é uma preocupação para o mundo inteiro. Segundo o Unicef, mais de 635 milhões de estudantes ao redor do globo continuam sendo afetados pelo fechamento total ou parcial das escolas.

Após quase dois anos de escolas fechadas, não é mais possível pensar em um modelo

único de ensino, segundo especialistas em educação. Afinal, os cerca de 47 milhões de estudantes brasileiros foram expostos a diferentes níveis de aprendizagem e tiveram condições de desenvolvimento distintas.

“A prioridade não é recuperar os conteúdos que os estudantes deixaram de aprender.  Mas sim, entender o que é essencial do ponto de vista cognitivo para que eles possam avançar”, explicou a especialista em avaliação Vitória Rodrigues, durante a live “Defasagem de Aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental.

A lógica de recomposição de aprendizagem 

Ao longo do debate, Vitória Rodrigues introduziu a lógica de recomposição de aprendizagem, tema do mais novo curso de formação continuada da Fundação Telefônica Vivo. Ele foi desenhado em parceria com a Nova Escola e com o Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo.

“Mesmo antes da crise, já estávamos aquém do esperado. Portanto, nosso trabalho é recuperar a escolarização dos estudantes levando em consideração dois marcos decisivos: a Base Nacional Comum Curricular e a pandemia”, reforçou a professora Vitória Rodrigues, formadora do curso Defasagem de aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental – (Re)planejar para avançar.

Nesse sentido, a formação gratuita oferece ferramentas para que os educadores dos Anos Finais do Ensino Fundamental possam lidar com a defasagem de aprendizagem.

Do mesmo modo, estimula a criação de  um planejamento pedagógico que utilize estratégias diferenciadas para desenvolver competências essenciais a todos os componentes curriculares da  BNCC.

“Em outras palavras, o curso traz a psicologia da aprendizagem como referência para apoiar o percurso cognitivo dos estudantes diante de um cenário de defasagem e transição curricular pós-pandemia”, complementou a formadora durante a live de lançamento da formação.

Defasagem de aprendizagem: saiba mais sobre o curso

O curso de 10 horas estará disponível para inscrição na plataforma Escola Conectadas a partir do dia 24 de maio. Além de certificada, a formação é autoformativa. Ou seja, permite que os educadores tenham mais autonomia e flexibilidade para realizar o percurso de acordo com a sua rotina. Os cursistas terão 4 meses para finalizar o curso.

Início das inscrições: 24/05

Início da formação: 06/06

Faça sua inscrição!

Defasagem de aprendizagem nos Anos Finais: Por que é importante? 

De acordo com um estudo realizado pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, os estudantes do Ensino Fundamental  foram os mais prejudicados pela pandemia.

A estimativa é de que, em um cenário intermediário de aprendizagem no ensino remoto, a defasagem seja de 34%. Já em um cenário no qual o aprendizado foi mínimo, o número sobe para 72%.

Além disso, a implementação da Base Nacional Comum Curricular e do Novo Ensino Médio adicionou novas camadas a esse desafio de recompor a aprendizagem dos estudantes pós-pandemia.

“Os novos marcos curriculares privilegiam o desenvolvimento do pensamento para além do conteúdo. Sendo assim, os Anos Finais ganham ainda mais importância por representarem esse período de amadurecimento cognitivo”, explicou Fernando Barnabé, Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o especialista, que também é um dos formadores do curso Defasagem de aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental – (Re)planejar para avançar, a discussão sobre recomposição de aprendizagem seria necessária para toda e qualquer transição curricular.

“Por isso, a oportunidade que a gente tem com esse curso é refletir sobre esse momento particular. Bem como pensar sobre as possibilidades de avanço para a educação”, concluiu Barnabé.

Parceria em prol da aprendizagem pós-pandemia 

O curso Defasagem de aprendizagem nos Anos Finais do Ensino Fundamental – (Re)planejar para avançar faz parte do Programa Recomposição de Aprendizagem, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo em parceria com a Nova Escola, o Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e a Fundação Lemann. O objetivo é oferecer conteúdos gratuitos como reportagens, cursos, lives e ferramentas para refletir sobre as expectativas de aprendizagem e a defasagem pós-pandemia.


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