Conheça a pesquisa "CURRÍCULOS DE COMPUTAÇÃO: Levantamento e Recomendações"

Notícias

07.06.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Escola se inspira em Stanford para programa de formação

Com uma política de portas abertas com programa de residência pedagógica, colégio em São Paulo recebe professores para imersão que pode durar até um ano

Imagem mostra professora em sala de aulas com alunos sentados em grupos

A distância entre a teoria e a prática é uma das grandes lacunas na formação de docentes do Brasil. Para contornar a questão e dar maior significado ao período de estágio dos cursos de licenciatura e pedagogia, o Ministério da Educação lançou, no fim de 2017, o Programa de Residência Pedagógica, como parte da Política Nacional de Formação de Professores.

A proposta pretende universalizar o estágio de formação docente como característica de todos os cursos de licenciatura do país. Para isso, estabelece que o futuro educador ingresse, a partir do terceiro ano, em uma escola de educação básica para uma vivência pedagógica.

Algumas instituições já estão desenvolvendo programas parecidos. O Colégio Sidarta, localizado na cidade de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, é uma delas. Com uma política de portas abertas para professores de outras instituições, a escola, mantida pelo Instituto Sidarta, está aperfeiçoando seu programa para que se transforme no segundo semestre em uma residência pedagógica.

Para além de visitas, os docentes interessados no ensino integral do Sidarta poderão ficar hospedados por meses nas dependências do colégio e participar ativamente das aulas, com maior tempo de imersão nos processos pedagógicos.

O ensino do Sidarta é apoiado por três princípios:

• Teorias não substituem experiência de vida;
• É essencial estimular a consciência do serviço à sociedade;
• Sabedoria é reconhecer a unidade que existe na diversidade.

O programa foi pensado para que a troca de experiências práticas ajude a contribuir com a formação de docentes de todo o Brasil. “Visitas podem servir de inspiração, mas só a vivência ajuda a entender a complexidade do trabalho que realizamos aqui”, explica a diretora Claudia Siqueira.

Além de auxiliar na formação de professores, o espaço para a interlocução com os docentes da casa é fundamental, como aponta a diretora: “Abrir uma escola significa estar pronto para o olhar de fora. Os visitantes nos trazem uma visão rica sobre nossa prática, apontando nossas coerências e fragilidades, o que inspira e o que deve mudar”.

Conexão Brasil – Estados Unidos

A residência pedagógica do Sidarta está em fase de ajustes finais e deve começar a partir de setembro, com vivências mais curtas. Em 2019, a ideia é que o programa tenha duração anual e parcerias com a rede pública de ensino.  O conceito é inspirado no programa de educação de professores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

O chamado iSTEP Institute recebe, desde 2010, educadores de todo o mundo. Durante um ano, o aluno em formação passa a parte da manhã em escolas de educação básica conveniadas e, na parte da tarde, discute as experiências vivenciadas com mentores da universidade.

A imersão garante tempo e foco para adquirir e compartilhar conhecimentos com profissionais com experiências e realidades diversas, engajamento e trabalho em grupo, além de uma oportunidade para conhecer de perto um programa robusto de formação docente que alia teoria e prática.

E ainda os participantes ganham bagagem para aprimorar seus próprios programas formativos, como aconteceu com Claudia, diretora do Sidarta, que participou do programa em 2017. “Ao longo da vivência a gente era levado a refletir sobre tudo o que via nas escolas, o que tinha de coerente na prática, quais eram as inovações implementadas e quais materiais nos levavam a repensar educação”.

A partir da experiência transformadora, a diretora voltou para a casa com a missão de levar o Sidarta a ser referência. “A pergunta é quantas escolas estão dispostas a sair do isolamento e construir pontes para compartilhar a produção de conhecimento? Nós já começamos!”.


Outras Notícias

Autoavaliação é ponto de partida do professor do século XXI

24/10/2025

Autoavaliação é ponto de partida do professor do século XXI

Ferramentas online ajudam professores a identificar seu nível de maturidade digital e trilhar formações alinhadas à BNCC Computação e às novas diretrizes do CNE

Tecnologia e inclusão abrem caminhos para a diversidade

03/10/2025

Tecnologia e inclusão abrem caminhos para a diversidade

Com programas afirmativos e novas políticas, empresas como a Vivo e coletivos impulsionam a presença de mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+ no setor de TI

EPT: educação que prepara jovens para o mundo do trabalho, reduz evasão e promove inclusão

25/09/2025

EPT: educação que prepara jovens para o mundo do trabalho, reduz evasão e promove inclusão

Modalidade conecta escola e realidade profissional, mostrando que é possível construir uma trajetória de futuro com mais oportunidades

Pesquisa inédita apresenta caminhos para a implementação da BNCC Computação

19/09/2025

Pesquisa inédita apresenta caminhos para a implementação da BNCC Computação

Estudo revela que apenas 15% dos estados têm a Computação como componente obrigatório nos currículos e apresenta referências internacionais com recomendações para o Brasil

Novos cursos da plataforma Escolas Conectadas fortalecem competências digitais de educadores

16/09/2025

Novos cursos da plataforma Escolas Conectadas fortalecem competências digitais de educadores

Durante webinário promovido pela Fundação Telefônica Vivo, foram lançadas quatro novas formações gratuitas para professores, alinhadas à BNCC Computação

Tecnologia e matemática na educação são destaques no 9º Congresso da Jeduca

01/09/2025

Tecnologia e matemática na educação são destaques no 9º Congresso da Jeduca

Evento reuniu especialistas para debater IA, redes sociais e novas formas de ensinar matemática no Brasil