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03.06.2019
Tempo de leitura: 5 minutos

Evento aborda experiências e esforços para potencializar resultados na educação

O Congresso Mega Brasil de Comunicação reuniu referências do que já tem sido feito para transformar a educação no país

Imagem mostra Priscila Cruz, do Todos pela Educação, falando ao microfone no palco do Fórum do Pensamento, que debateu caminhos para a Educação com Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Gilson Gean da Silva, educador do Amazonas, além da mediação de Antonio Góes, jornalista especializado em educação.

Comunicar uma causa exige uma articulação do poder público e sociedade civil em prol de um mesmo objetivo. Consciente deste desafio, o Congresso Mega Brasil de Comunicação, reuniu profissionais de diversas áreas para debater o papel da comunicação corporativa no Brasil. Nos dias 28 e 29, discussões sobre inovação em diversos campos, como a educação, e experiências institucionais de sucesso foram levadas para a 22º edição do evento.

Dentre os debates, aconteceu o Fórum do Pensamento, espaço dedicado a questões que impactam diretamente na agenda da comunicação. Este ano o tema escolhido foi Educação, e quatro representantes do setor foram chamados para compartilhar experiências em diferentes segmentos.

“Essa mesa tem uma característica interessante porque falamos de comunicação, estratégia, e também de educação, em diversas camadas. Desde a sistematização de metodologia através de uma instituição até a experiência no chão da escola”, introduziu o jornalista Antônio Gois, presidente da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e responsável pela mediação da mesa.

Outros três convidados foram chamados para analisar o cenário de desafios e soluções para a educação no Brasil. Priscila Cruz, presidente do Todos Pela Educação, e representante da sociedade civil organizada; o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Americo Mattar, e Gilson Gean da Silva, educador especialista em Gestão Escolar da rede de ensino do Amazonas.

Foco nos avanços

“Há muitas notícias ruins sobre educação no Brasil, mas também existem avanços, muita gente trabalhando por ela”, disse Priscila Cruz em sua fala de abertura. A especialista buscou reafirmar a mensagem passada ao longo de todo Fórum do Pensamento: Quais são as referências que já temos?

Em um país com 48,6 milhões de alunos (quase 40 milhões na rede pública), 2,2 milhões de docentes e 184 mil escolas, os desafios para a Educação Básica acompanham as proporções demográficas. O Brasil ainda investe pouco em Educação (6% do PIB), não tem um sistema único para regular questões do setor, não forma professores para serem qualificados adequadamente e tem altos índices de deficiência na aprendizagem.

Por outro lado, o país aumentou a taxa de alunos matriculados nas escolas, conta com avaliações detalhadas que saem anualmente (como é o caso do Ideb), e um fundo especial para Educação Básica (Fundeb), sem contar as experiências exitosas de articulação nas redes municipais.

“Não demora 30 anos para gente fazer uma mudança significativa na educação. A gente já fez em 10 anos nos Municípios”, afirma Priscila, trazendo exemplos como o desempenho das redes do Espírito Santo (2º melhor Ideb em seis anos), Ceará (entre os cinco melhores Estados em todas as etapas), Pernambuco (Ideb de Ensino Médio com menor desigualdade), Goiás (de 16º para 1º Ideb em 10 anos) e Rio de Janeiro (de 26º Ideb para 4º em quatro anos). “Se mantivermos essas metas, podemos chegar lá!”.

Potencializando o poder público

Depois de apresentar um panorama geral e o compromisso das organizações civis em prol da Educação Básica brasileira, Priscila apresentou o documento Educação Já, que reúne o conjunto de medidas técnicas propostas para mudar o panorama apresentado.

Dando sequência ao debate, o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo falou sobre o papel das instituições em mobilizar o poder público e a importância do trabalho colaborativo para avançar nos resultados. Americo Mattar, ainda acrescentou que não basta desenhar projetos sociais pontuais e internos, sem montar estratégias para, de fato, investir em transformação.

“Nenhuma empresa pode substituir o governo, mas também não pode se isentar desse problema”, diz o executivo. “Podemos construir coletivamente, buscar conhecimentos externos, engajar saberes e testar métodos para articular junto com os órgãos governamentais”.

O que já estamos fazendo pela Educação?

Para finalizar a rodada de debates, o educador Gilson Gean da Silva levou sua experiência como gestor da rede de ensino do Amazonas. Em parceria com a Fundação Telefônica Vivo e a Secretaria Municipal de Educação, a rede incorporou novos recursos e competências pedagógicas, para atingir áreas mais remotas e alcançar o desenvolvimento de mais de 57 mil crianças e 2.100 educadores.

“É insustentável não estar vinculado a parcerias, se o objetivo é avançar a passos largos”, afirma o professor doutor. “A educação é responsável pelo crescimento econômico do nosso país e, portanto, temos que nos perguntar o que podemos fazer pela comunidade em que estamos envolvidos”, afirmou.

Gilson também reforçou que o grande diferencial do projeto Aula Digital, que chegou às escolas por meio da Fundação, não foi apenas promover inclusão digital. Segundo o educador, o destaque está na maneira de potencializar, com recursos tecnológicos, as especificidades e saberes regionais que já existem no Amazonas. “Começamos a pensar no que temos a oferecer. Precisamos inspirar, sair somente do campo de ensinar e persistir no de aprender”, conclui.

No vídeo, Gilson Silva resume o debate no Congresso Mega Brasil e fala sobre a importância da tecnologia para os educadores. Assista:

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