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13.01.2023
Tempo de leitura: 5 minutos

Plataforma Escolas Conectadas lança dois cursos sobre recomposiçãode aprendizagem

Novas formações da plataforma Escolas Conectadas pretendem apoiar os educadores na recomposição de aprendizagem

Novas formações da plataforma Escolas Conectadas pretendem apoiar os educadores na recomposição de aprendizagem

A plataforma Escolas Conectadas começa o ano de 2023 com uma grande novidade: o lançamento de dois cursos que buscam apoiar educadores dos anos iniciais do ensino fundamental na recomposição de aprendizagem. As formações, realizadas em parceria entre a Nova Escola e Fundação Telefônica Vivo, abordarão os temas “Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático” e “Evidências de aprendizagem: como identificar se o aluno está aprendendo?”.

De modalidade autoformativa e com carga horária de 10 horas, ambos os cursos pretendem apoiar os educadores no combate à defasagem e permitir a recomposição da aprendizagem. Um diagnóstico realizado em 2021 mostrou que, no Brasil, essa defasagem foi fortemente agravada após a pandemia de Covid-19, atingindo até quatro anos de atraso.

Em relação ao número total de alunos, mais de 90% apresentam defasagem em leitura, em escrita e em matemática, evidenciando assim o tamanho do desafio que será a recomposição de aprendizagem de alunos de todas as idades e localidades do país. Uma outra pesquisa indica que, para 93% dos educadores brasileiros, a defasagem na aprendizagem é o principal problema deixado pela pandemia na educação.

 

Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático

O curso vai ajudar os professores a compreenderem estratégias de priorização de aprendizagens e usá-las em suas práticas. A formação explora o significado de continuum curricular – política pública que permite que habilidades e competências essenciais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sejam priorizadas, flexibilizando os currículos das redes e garantindo um desenvolvimento contínuo das aprendizagens. Também versa sobre os instrumentos de priorização disponíveis e o planejamento de aulas, buscando favorecer a aceleração das aprendizagens sem deixar de lado os parâmetros já definidos pela BNCC.

Um currículo priorizado tem como função apoiar aprendizagens essenciais para o desenvolvimento dos estudantes, partindo do que eles sabem e do que precisam aprender para seguir avançando. No entanto, a seleção dessas aprendizagens tem sido um desafio para educadores de todo o país.

“As discrepâncias na aprendizagem não são novidades, mas esse é um momento para olharmos o que temos na sala de aula e recompor aquilo o que é prioritário”, aponta Roberta Manes, coordenadora de educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental na rede particular de ensino – e uma das autoras da formação, ao lado de Katia Chiaradia, pesquisadora e autora de material pedagógico para docentes.

Dividido em seis módulos, o curso enfatiza as aprendizagens prioritárias para a alfabetização e o letramento matemático, fundamentais para o desenvolvimento dos alunos em todos os componentes curriculares previstos na BNCC. “Também focamos em interdisciplinaridade, mas essas áreas do conhecimento são a base para o desenvolvimento das outras disciplinas”, observa.

“Trabalhamos a diferença entre aquilo que é essencial e prioritário na aprendizagem. É necessário olhar para o essencial e tirar dali o que é prioritário, organizando essas escolhas para que sejam conscientes e que façam os estudantes avançarem em seu desenvolvimento”, finaliza Roberta.

Aprendizagens prioritárias para alfabetização e letramento matemático

Previsão de início: 16/01

Competências da BNCC: Comunicação; Conhecimento; Pensamento científico, crítico e criativo

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Evidências de aprendizagem: como identificar se o aluno está aprendendo?

Nesse cenário de defasagem, aliado ao retorno das aulas presenciais, uma dúvida frequentemente passa pela cabeça dos educadores: “como saber se meu aluno está avançando?”. Para tratar dessa questão, a formação aborda as evidências de aprendizagem e a importância da sua construção para acompanhar a trajetória de cada estudante.

Durante o percurso formativo, o educador entenderá a importância de incluir as evidências de aprendizagem no planejamento pedagógico. “As evidências são provas de que o estudante está se desenvolvendo ao longo do percurso educativo, alcançando os objetivos propostos e planejados pelo professor”, define Alessandra Novak, formadora no Programa de Especialização Docente da Nova Escola e uma das autoras do curso, ao lado do pesquisador Leonardo Perez.

Alessandra acredita que o trabalho com evidências de aprendizagem já faz parte da rotina do professor, porém de forma intuitiva e não planejada. “O curso vem discutir e propor uma racionalização, um planejamento de coleta mais sistemática das evidências, trazendo à luz da prática docente diária.”

O educador que participar do curso terá acesso aos passos para realizar a identificação e a coleta de evidências, ferramentas essenciais do processo e das estratégias avaliativas, a fim de viabilizar o avanço da turma. “Trabalhamos com situações reais, de sala de aula, com sugestões de como o docente pode planejar e organizar essas informações para que possa de fato utilizá-las para tomadas de decisões”, observa Alessandra.

Evidências de aprendizagem: como identificar se o aluno está aprendendo?

Previsão de início: 16/01

Competências da BNCC: Comunicação; Conhecimento; Pensamento científico, crítico e criativo

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