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14.09.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

ONG Arrastão inaugura primeiro Lab Maker do bairro Campo Limpo, em São Paulo

O espaço, localizado na zona sul da capital paulista, é aberto tanto para os alunos quanto para a comunidade

Três jovens em volta de uma mesa no Lab Maker Arrastão

O espaço, localizado na zona sul da capital paulista, é aberto tanto para os alunos quanto para a comunidade

Fazer bijuterias, construir maquetes, ou simplesmente criar o que quiser em um laboratório de “faça você mesmo”. Esses são alguns produtos e ideias que pipocaram na mente dos jovens frequentadores da ONG Arrastão, no Campo Limpo, região sul de São Paulo. Se antes parecia difícil executá-las, o dia 11 de setembro marcou a possibilidade de finalmente tirá-las do papel. Os 450 crianças e jovens da organização poderão usufruir do primeiro laboratório maker da região, o Lab Maker Arrastão, aberto não somente para eles, mas para toda comunidade.

Há cinco anos, a Fundação Telefônica Vivo firmou parceria com a organização por meio do Programa Pense Grande, sobre difusão do empreendimento social para jovens em algumas regiões de São Paulo, e que oferece workshops e oficinas ligadas ao desenvolvimento de ideias de impacto social.

Em uma ação da Fundação com as marcas Ray-Ban e a Casa das Alianças, que deram descontos aos colaboradores na compra de produtos. Parte do valor arrecadado com as vendas foi revertido para contribuir com a compra de equipamentos para o Lab Maker Arrastão. O espaço ganhou impressoras 3D, de corte a laser, computadores para programação e ferramentas como o Arduino – placa eletrônica de baixo custo.

O Lab Maker Arrastão fica na rua Doutor Joviano Pacheco de Aguirre, 255, no Campo Limpo, São Paulo.

“Todo laboratório maker é regido por um espírito de liberdade: ele deve ser livre ao público e se constituir como lugar de criatividade”, explica Amanda Pellini, educadora do Arrastart e responsável pelo espaço. “A ideia é que jovens se apropriem do laboratório, principalmente a juventude negra e as mulheres – algumas das populações que mais acessam a organização. Queremos que eles venham com ideias mirabolantes e usem as matérias-primas para construir”, diz.

As jovens Yasmin Santos e Ketlyn Cristina, de 14 e 16 anos, têm planos para o laboratório. Elas querem utilizar as máquinas para criar bijuterias ativistas, voltadas para a população negra. “É uma perspectiva muito interessante poder tirar nossas ideias do papel e mostrar o que inventamos para mundo. Ficamos muito orgulhosas de ter algo feito à mão”, relata Ketlyn.

Lab Maker acessível

Além de ficar à disposição dos alunos, o Lab Maker é aberto para a comunidade. “Por conta do poder social da região, o empreendedorismo já faz parte do cotidiano dos habitantes do Campo Limpo. E um laboratório aberto convida a iniciativa de ocupá-lo, porque você é automaticamente atraído pela máquina livre”, conta Amanda Pellini.

A ideia é que os moradores usem o espaço não somente para criar produtos ou aprender novos ofícios, mas também como lazer. “Eles podem trabalhar seus sentimentos, afetos e ócio, porque o Lab Maker Arrastão não é necessariamente um lugar para produção, e sim de criação”, diz a educadora.

Ainda não há uma programação definida de aulas, mas haverá oficinas de introdução à programação e de utilização do maquinário. O coordenador Henrique Heder conta que está muito entusiasmado com as perspectivas. “Esse laboratório irá servir tanto para formar uma nova geração de empreendedores sociais e tecnológicos, como também para apoiar os já existentes, formados pelo projeto. É muito importante que os jovens de periferia tenham acesso a essa iniciação tecnológica, apropriando-se das ferramentas para construir suas carreiras e negócios, além de poder apoiar sua comunidade”.


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