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21.10.2022
Tempo de leitura: 5 minutos

Profissões do futuro: ciência de dados e pensamento computacional são conhecimentos essenciais

Conheça 12 profissões que podem se destacar nos próximos anos da era digital. Todas elas exigem habilidades como pensamento computacional e capacidade de analisar dados.

Imagem mostra uma profissão do futuro

Um estudo, encomendado por uma parceria entre o Todos pela Educação, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Natura e Instituto Sonho Grande, mostrou que 98% dos jovens brasileiros que estão hoje no ensino médio das redes públicas querem uma escola que os prepare para o mercado de trabalho, enquanto 92% esperam que ela os ajude a escolher em quais áreas pretendem aprofundar seus estudos. Esse desejo dos estudantes coloca questões importantes para professores e gestores escolares: como será o mercado de trabalho do século 21? Quais são as profissões do futuro? Quais áreas tendem a se destacar nos próximos 20 anos?

 

Por que os jovens não estão preparados para as profissões do futuro?

O Fórum Econômico Mundial (WEF – Word Economic Forum, na sigla em inglês) apresentou em outubro de 2020, um relatório que estima que o mundo criará, até 2030, 150 milhões de empregos na área de novas tecnologias. No entanto, o mesmo documento alerta que, mesmo hoje, 67% das vagas em tecnologia são ocupadas por pessoas que não possuem o conhecimento adequado. Isso acontece porque não existe número suficiente desse tipo de profissional no mercado.

Em outubro de 2022, o WEF resgata esse relatório e coloca a seguinte pergunta: Por que os jovens das classes populares não estão preparados para as profissões do futuro? E a resposta a que chegam é: um déficit em competências escolares, em especial matemática e compreensão de leitura. Além do acesso precário a tecnologias digitais e um ambiente social, inclusive no que se refere ao tipo de moradia, que não encoraja o aprendizado. Esse cenário revela a desigualdade crescente entre a parcela da juventude incluída digitalmente e a grande maioria que participa da sociedade informacional de forma ainda precária. Estes primeiros terão uma chance maior de acesso às profissões do futuro de maior remuneração, como programadores e engenheiros de software.

Uma pesquisa realizada pelo Senai, UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Agência Alemã de Cooperação Internacional levantou 53 profissões que prometem ser destaque nestas primeiras décadas da Era Digital. Elas foram divididas em quatro setores: Software e Tecnologia da Informação (TI), indústria de transformação, serviços e produtos; agricultura e; saúde. Dentre elas, 20 tem domínio de ciência de dados e pensamento computacional como habilidades necessárias para o seu desenvolvimento. No entanto, o Senai destacou três de cada setor, que consideram ser as mais relevantes.

 

Conheça 12 profissões do futuro, mas que já impactam no presente:

Software e Tecnologia da Informação (TI)

Programador: pessoas que desenvolvem softwares de computador.

Cientista de dados:  profissional que utiliza métodos científicos para extrair conhecimento e tomar decisões a partir de diversos tipos de dados: científicos e mercadológicos, financeiros, sociais, geográficos, históricos, biológicos, comportamentais etc.

Analista de cibersegurança: pessoa responsável pela segurança de todo o sistema informacional de uma empresa ou organização (computadores, softwares, servidores, dispositivos móveis etc.).

Indústria de transformação, serviços e produtos

Profissional de manufatura aditiva: pessoa especialista impressão de objetos 3D. Hoje, o uso de impressoras 3D tem avançado nos mais diversos setores, da indústria de automóvel à medicina.

Expert em digitalização: todo tipo de produção industrial e toda oferta de serviços precisa de processos para serem realizadas. Esses processos são os passos necessários, por exemplo, para a montagem de um celular. O expert em digitalização é a pessoa que cria projetos capazes de digitalizar o maior número de etapas possível destes processos.

Condutores de processos robotizados: em muitos setores da indústria, a força de trabalho humana está sendo substituída por robôs. No entanto, é preciso que alguém controle a execução de tarefas destas máquinas. É isso que faz o condutor de processos robotizados.

Agricultura

Técnicos em agricultura digital: um dos setores, em especial no Brasil, que mais utilizam tecnologias digitais é a agricultura. Desde a irrigação controlada por sensores, passando pela análise do solo e das plantações por meio de drones, chegando na colheita realizada por máquinas autômatas. Todas essas etapas são pensadas pelos técnicos em agricultura digital.

Técnicos em agronegócio digital: é um trabalho parecido com o técnico em agricultura digital, mas voltado para todos os setores do agronegócio, desde a produção até a venda.

Engenheiros agrônomos digitais: pessoa com conhecimentos de engenharia agronômica e agricultura digital e preparada para desenhar fazendas com base em novas tecnologias.

 

Saúde

Engenheiros hospitalares: profissional capaz de usar todas as tecnologias disponíveis para projetar soluções hospitalares.

Técnicos em assistência médica digital: a telemedicina tem avançado muito nos últimos anos, sobretudo após a pandemia, exigindo profissionais especializados nesse tipo de serviço.

Engenheiros de dados da saúde: profissional capaz de construir processos de extração e análise de dados de saúde. Ou seja, é um cientista de dados com foco no setor da saúde.


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