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27.11.2017
Tempo de leitura: 5 minutos

Quinta edição do Festival Social Good Brasil tem participação do Pense Grande

Fundação Telefônica Vivo levou a metodologia do Pense Grande para mostrar como é possível aliar empreendedorismo social e tecnologia

Grupo de pessoas posam para foto no festival social_good_brasil

Fundação Telefônica Vivo levou a metodologia do Pense Grande para mostrar como é possível aliar empreendedorismo social e tecnologia

O Festival Social Good Brasil realizou sua quinta edição nos dia 27 e 28 de outubro, no Centro de Inovação – Acate, em Florianópolis (SC). Com o apoio da Fundação Telefônica Vivo, o evento faz há cinco anos uma provocação aos milhares de participantes que já estiveram presentes fisicamente ou online: como a tecnologia pode ser uma ferramenta de melhoria social? Nos dois dias de programação, que incluíram palestras, painéis e rodas de conversa, especialistas na área de negócios sociais trouxeram cases de sucesso e provaram que o empreendedorismo com causa pode realmente transformar o país.

Americo Mattar, diretor presidente da Fundação Telefônica Vivo, participou da abertura do Social Good com uma mensagem de otimismo sobre a capacidade humana de transformação por meio de um negócio social. “Passamos da fase de achar que só é possível ou fazer o bem ou ganhar dinheiro. A tecnologia rompeu com os modelos tradicionais de profissão e, a cada três meses, a humanidade dobra o conhecimento gerado no mundo. Se você quer ganhar um milhão, porque não pensar em beneficiar um milhão de pessoas?”, indagou.

A participação da Fundação Telefônica Vivo no evento também contou com um estande especial sobre o Pense Grande, o programa de difusão do empreendedorismo social para jovens da Fundação. O espaço funcionou como uma espécie de tira-dúvidas sobre a iniciativa e o despertar da cultura empreendedora no dia a dia.

É justamente pensando no grande conhecimento produzido pelo coletivo, tanto consciente quanto inconsciente, que o primeiro painel do evento esteve focado na importância do big data, ou seja, da grande quantidade de dados que podem ser coletados pelas ações digitais produzidas na interação com tecnologia. O norte-americano Andrew Means apresentou o movimento Data for Good, que explora o papel social que a coleta de dados pode assumir: “Os dados são particularmente importantes para as organizações sociais, ajudando-as a mensurar o impacto de suas ações em áreas como educação, saúde, ou meio-ambiente”.

Profissionais brasileiros também mostraram a importância dos dados dentro de seus projetos de impacto. Leandro Devegili, do Data Sense Brigade, falou sobre a operação Serenata de Amor, uma experiência digital de monitoramento dos dados políticos no país. “Temos que organizar esses dados e usá-los para fazer mudanças efetivas”. Já Edgard Morya contou experiências do Instituto Santos Dumont, que tem avançado muito na apropriação da realidade virtual para transformar a vida de pessoas com deficiência.

Pense Grande

A tecnologia como ferramenta de transformação está no cerne do Pense Grande, programa da Fundação Telefônica Vivo que trabalha o empreendedorismo social e o uso de tecnologia com jovens do país. Thais Ferreira foi uma das participantes incubadas pelo programa. Finalista do Social Good Lab, premiação do evento, ela é criadora do projeto Mãe & Mais, uma solução baseada em dados para oferecer serviços e educação a mulheres e mães com menor poder aquisitivo: “Empoderar mães, essas figuras tão sub-representadas e julgadas pela sociedade, é cuidar do futuro das próximas gerações. Temos que inovar com recursos disponíveis para curar o que é urgente”, explicou Thais.

No segundo dia de evento, aconteceu a oficina Pense Grande, ministrada pela mineira Agatha Martins, uma das facilitadoras do Pense Grande – facilitadores são jovens de vários lugares do Brasil que têm como missão espalhar a metodologia do programa. A oficina contou com a presença de 41 jovens, entre eles dois cegos e mudos, que puderam conhecer as histórias de empreendedores sociais: Marden Nilton, do Barkus, plataforma de educação e planejamento financeiro, e Deborah de Angelo, que criou o aplicativo Sonya para pessoas com deficiência visual.

Logo em seguida, os jovens participaram do Se Vira, um jogo de tabuleiro de cenários possíveis, no qual os grupos devem procurar soluções criativas com dispositivos que têm à mão. Após a brincadeira, eles foram convidados a contar suas impressões. “É muito legal notar que não adianta ter uma solução criativa. É preciso primeiro investigar as pessoas e os lugares onde se quer atuar socialmente”, relata Agatha.

O segundo dia também foi marcado por proposições para o futuro, desde apresentações como da Feira Preta, evento criado por Adriana Barbosa para incentivar a produção e consumo de produtos feitos por produtores afrodescendentes, até discussões de como a tecnologia pode ser assertiva na inclusão de pessoas com deficiência.

Um dos últimos palestrantes a se apresentar foi Jeremy Kirshbaum, do Institute for the Future, que trabalha com a condensação de tendências do futuro para ajudar empresas e pessoas a melhorar seus negócios de impacto social. “Não podemos voltar a ter uma forma antiga de pensar o mundo. Usemos previsões de futuro para pensar estrategicamente e colocar isso em ação”, finalizou o palestrante.


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