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01.11.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Educação Socioemocional na rede municipal de ensino de São Paulo

Fundação Telefônica Vivo é parceira em projeto que leva competências cognitivas e emocionais para a formação de jovens na rede pública de ensino

Na imagem, duas crianças estão desenhando na mesma folha de papel, em atividade ligada à Educação Socioemocional

Gentileza, honestidade, perseverança, cooperação, gratidão. Alguns valores humanos, também conhecidos como competências socioemocionais, são tão essenciais para a nossa convivência em comunidade que se tornaram parte do aprendizado da Educação Socioemocional em uma escola pública no município de São Paulo.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fundação Telefônica Vivo, o Instituto Lótus e a Nuvem9Brasil que desde 24 de agosto deste ano, promovem os pilares da Educação Socioemocional para mil alunos, do primeiro ao nono ano, da EMEF Professor Antônio Duarte de Almeida, localizada na Zona Leste de São Paulo.

“Algumas competências como aprender a conviver e a respeitar o outro não estão previstas no currículo das escolas, mas são tão importantes quanto as habilidades cognitivas. Nossa preocupação é também com a formação de um cidadão, que tenha conhecimento dos valores que nos constituem como seres humanos”, relata o diretor da escola, José Silveira.

O objetivo do projeto é fazer com que alunos aprendam valores e competências cognitivas que se somarão às cinco competências essenciais da Educação Socioemocional: autoconsciência, autorregulação, habilidades de relacionamento, tomada de decisão responsável e consciência social.

“Quando você torna o ser humano que recebe informações uma pessoa melhor, você melhora também sua habilidade de receber novas informações. Ao trabalharmos o tema da cooperação, por exemplo, os alunos aprendem que aquilo que é feito em conjunto dá mais resultados e é mais prazeroso do que aquilo que fazemos competindo uns contra os outros”, afirma o diretor-presidente do Instituto Lótus, Nabil Onaissi.

Dinâmica do aprendizado

No dia a dia dos alunos e professores, o aprendizado da Educação Socioemocional se dá a partir do uso de materiais como livros, cartazes e adesivos desenvolvido pela Nuvem9, aliados às próprias iniciativas da escola na formação de jovens cidadãos.

“A dinâmica entre alunos e professores é a seguinte: em sala de aula, eles lêem juntos o material sobre a temática trabalhada e, em seguida, por meio de atividades práticas, contam o que aprenderam sobre o assunto”, explica a professora Silvia Schiess.

A Educação Socioemocional (SEL),do inglês Social Emotional Learning, é um processo que busca conectar os indivíduos à complexidade do mundo contemporâneo, somando as competências cognitivas às habilidades para alcançar objetivos, lidar com emoções, manter relações sociais saudáveis e tomar atitudes de maneira responsável.

Prática antiga

A Educação Socioemocional está em prática há mais de dez anos em escolas dos Estados Unidos e já atingiu cerca de 600 mil jovens no país. A ideia, ao ser implementada, era que por meio de aprendizagens de competências não-cognitivas, seria possível enfrentar os casos de agressividades e bullying, utilizando a educação como aliada. Na América Latina, o tema já é trabalhado em diversos países, como Colômbia, México e Costa Rica.

Na experiência brasileira, por meio da EMEF Professor Antônio Duarte de Almeida, já é possível observar as contribuições da Educação Socioemocional. “Na escola, temos a preocupação com a formação integral dos alunos e já conseguimos perceber que melhorou muito a convivência entre os estudantes e a relação deles com a própria escola. Em nossa visão, são igualmente importantes o ensino da matemática e do aprendizado do respeito, da convivência pacífica e da empatia, por exemplo”, considera Silveira.

Inspiração e sintonia com a BNCC

Segundo o diretor-presidente do Instituto Lótus,a EMEF Professor Antônio Duarte de Almeida foi selecionada, por três motivos principais: estar localizada em uma região periférica de São Paulo, ser uma escola plural – existem cerca de 20 famílias de alunos em situação de refúgio e que falam diversas línguas –, e já ter a valorização do desenvolvimento de habilidades não-cognitivas consideradas em seu plano político pedagógico. “Pensamos que seria um lugar extremamente inspirador para trabalhar”, conclui Onaissi.

A parceria entre as três entidades, além de estar em sintonia com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, formulada pelo Ministério da Educação, também está em acordo com os Quatro Pilares da Educação recomendados pela UNESCO: aprender a conhecer, a fazer, a viver juntos e a ser.


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