A Fundação Telefônica está ampliando o projeto que integra escolas no combate ao trabalho infantil nos municípios de Campinas e Hortolândia. Confira!
Fundação Telefônica amplia projeto que une internet nas escolas ao combate ao trabalho infantil, em Campinas e Hortolândia
A Fundação Telefônica e a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo estão ampliando o projeto que integra escolas no combate ao trabalho infantil nos municípios de Campinas e Hortolândia. A partir de 17 de novembro, uma nova escola passa a ser beneficiada em cada uma dessas cidades, com a introdução de tecnologia de informação em sala de aula, por meio da doação de equipamentos e de capacitação e apoio direto aos professores. Em todo o Estado de São Paulo, o projeto já envolve 21 escolas, que foram selecionadas em localidades onde a Fundação Telefônica já apóia iniciativas de combate ao trabalho infantil, dentro de seu programa Pró-Menino.
As duas cidades já participavam da iniciativa com uma escola cada: Campinas, com a Escola Estadual Miguel Vicente Cury, que possui 1700 alunos; e Hortolândia, com a Escola Estadual Paulina Rosa, que conta com 500 alunos. As novas escolas a serem beneficiadas são: Escola Estadual Fazenda Boa Vista, com 395 estudantes de Campinas, e a Escola Estadual Raquel Saes Melhado, com 850 alunos de Hortolândia.
O projeto busca contribuir para a erradicação do trabalho infantil, por meio da qualificação dos processos de ensino e aprendizagem nas escolas. “Qualidade de educação é um dos principais fatores para possibilitar às crianças de hoje um trabalho decente no futuro, que poderá prevenir que seus filhos trabalhem, quebrando o ciclo geracional de trabalho infantil”, explica Sérgio Mindlin, diretor-presidente da Fundação Telefônica. Assim, a instituição decidiu investir em qualidade educativa, integrando ao projeto seu programa EducaRede, que tem ampla experiência acumulada no uso pedagógico das tecnologias.
As escolas beneficiadas estão nas regiões onde moram e estudam as 1.655 crianças atendidas pelos projetos de combate ao trabalho infantil apoiados pela Fundação nas duas cidades. Em Campinas, a instituição assiste a 715 crianças, através de parceria com a Secretaria de Cidadania, Assistência e Inclusão Social da Prefeitura e de apoio ao Centro Promocional Tia Ileide. Já em Bebedouro, 940 crianças em situação de risco são atendidas através de seis organizações e de parceria com a Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social do Município.
Cada escola recebeu um conjunto de 45 computadores portáteis Classmate, infraestrutura de acesso à Internet sem fio, um laptop para o professor e um servidor e estrutura de dados. Os computadores são organizados em um kit que pode ser transportado e instalado em todos os ambientes da escola, permitindo sua integração com as diversas atividades propostas pelos professores e beneficiando todos os alunos.
Além disso, o projeto oferece capacitação e apoio direto aos professores, com atividades presenciais e à distância, realizadas por meio de um site chamado Canal Pró-Menino Brasil, em que os educadores podem, além de aprender, trocar experiências com colegas de 125 escolas da América Latina, onde a iniciativa está sendo realizada.
O projeto começou ano passado com 11 escolas e, em 2009, está sendo expandido para mais dez. Em todo o Estado de São Paulo, são quase 10.000 beneficiados em projetos de combate ao trabalho infantil e atendimento a adolescentes autores de atos infracionais em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto. O Programa envolve, ainda, a criação de redes entre entidades que atuam na promoção e defesa dos direitos desse público e o desenvolvimento de um portal eletrônico sobre o tema, o www.promenino.org.br. Em toda a América Latina, mais de 120 mil crianças e adolescentes são atendidos pelo Programa Pró-Menino.