Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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21.03.2022
Tempo de leitura: 7 minutos

Como o curso de Ciência de Dados contribui para a empregabilidade dos jovens?

Pesquisa mostra o interesse dos estudantes em terem uma formação técnica e profissional ainda no Ensino Médio. E a ascensão das carreiras tecnológicas desperta nos jovens, cada vez mais, um olhar para a Ciência de Dados

Imagem mostra uma jovem utilizando um notebook preto, que está sobre uma mesa. Ao lado, há um caderno. A jovem segura na mão direita um lápis. Ela está usando uma camiseta branca e óculos rosa.

O Novo Ensino Médio oferece aos estudantes a oportunidade de terem uma formação profissional e técnica dentro da carga horária do Ensino Médio regular. Agora, é possível concluir essa etapa de ensino com a qualificação necessária para ocupar cargos no mercado de trabalho. Além de desenvolver competências alinhadas às demandas do século XXI.

Em consonância a essa flexibilização curricular, que permite aos jovens se aprofundarem em temas relacionados ao seu projeto de vida pessoal e profissional. Por isso, é crescente a procura pela área de Ciência de Dados. E a possibilidade da escola pública de ensino oferecer esse curso, visto como uma das profissões do futuro, mostra ainda mais a preocupação com esses jovens para que estejam preparados. Não apenas para o mercado de trabalho, como também para um mundo em constante transformação e impactado pela presença das tecnologias digitais.

Mais de 80% dos estudantes da rede pública de ensino têm interesse por uma formação técnica profissionalizante. Além disso, 43% dos estudantes demonstram interesse no curso técnico em Ciência de Dados.

É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Fundação Telefônica Vivo e realizada pela Integration Consulting, consultoria de estratégia e gestão focada em soluções, em julho de 2021. O estudo contou com a colaboração das empresas Offerwise (pesquisa de consideração dos alunos) e Ideia (pesquisa de aderência das empresas).

A principal motivação dos jovens para estudar Ciência de Dados é a possibilidade de conseguir um emprego após a formação ou ainda durante o Ensino Médio.

“Os jovens se interessam em estudar Ciência de Dados devido às oportunidades do mercado de trabalho em tecnologia, com uma demanda bastante aquecida. E que deverá continuar crescendo nos próximos anos. Nossa pesquisa reforçou o interesse deles pela empregabilidade em tecnologia”, explica David Engelstein, Business Analyst na Integration Consulting. 

Saiba mais sobre a primeira formação técnica e profissional em Ciência de Dados para o Novo Ensino Médio

Com o objetivo de democratizar a formação em dados para os estudantes da rede pública de ensino, a Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB), idealizou o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados para jovens do Ensino Médio.

Este projeto inovador faz parte do Pense Grande Tech, programa que usa a tecnologia como instrumento de transformação e contribui com o desenvolvimento de competências digitais em educadores e estudantes. Logo, estará presente em escolas regulares, escolas técnicas e centros de educação profissional a partir deste ano. Contando ainda com projetos-pilotos nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Saiba mais sobre o projeto Ciência de Dados.

Mas quais são as perspectivas considerando o Novo Ensino Médio e a empregabilidade para quem cursa uma formação técnica e profissional em Ciência de Dados?

 

Novo Ensino Médio como possibilidade para ingressar no mercado de trabalho 

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado de tecnologia demandará 420 mil profissionais entre os anos de 2018 e 2024. De acordo com dados da instituição, há um déficit de cerca de 24 mil profissionais da área de TI (Tecnologia da Informação) no Brasil. Dentre eles, o Cientista de Dados, o que aumenta a procura por profissionais capacitados.

Conforme dados da lista Empregos em alta em 2022, elaborada pelo Linkedin, o cargo de Cientista de Dados é o nono entre os 25 que apresentaram alta demanda nos últimos cinco anos no país.

A pesquisa da Integration Consulting também ouviu 118 empresas para entender qual seria a aderência para a contratação de jovens profissionais formados no itinerário de Ciência de Dados no Novo Ensino Médio.

De acordo com o levantamento, empresas grandes e com estruturas maduras em Ciência de Dados demonstraram alto interesse em contratar profissionais juniores egressos do curso técnico. Para elas, o curso técnico é visto como um acelerador de formação. Sendo também uma oportunidade de preparar o profissional desde o início para atender as necessidades da área.

“As empresas enxergam com bons olhos os estudantes que saem de ensinos técnicos profissionalizantes. Afinal, esses cursos proporcionam um primeiro contato dos jovens com as áreas específicas, principalmente de tecnologia. Além disso, há uma percepção de que os estudantes chegam um pouco mais maduros comparados à formação tradicional no comportamental”, revela David.

Novo Ensino Médio e empregabilidade: qual é o cenário para os jovens? ● Mais de 80% dos jovens têm interesse por uma formação técnica profissionalizante. ● 43% demonstram interesse no curso técnico em Ciência de Dados. ● A principal motivação dos jovens para estudar Ciência de Dados é a possibilidade de conseguir um emprego. ● Empresas grandes e com estruturas maduras em Ciência de Dados demonstram alto interesse em contratar profissionais juniores egressos do curso técnico. ● O mercado destinado para os egressos do Curso Técnico em Ciência de Dados é estimado em 270 mil vagas. Fonte: Integration Consulting. Pesquisa realizada com 118 empresas e 500 jovens de 14 a 21 anos estudantes ou egressos de escolas públicas.

Oportunidades de trabalho em Ciência de Dados 

Leitura e análise dos dados são consideradas habilidades fundamentais para a tomada de decisões estratégicas em qualquer tipo de negócio. Então, é justamente isso que torna a fluência em dados mais do que necessária para conquistar uma vaga de emprego. E se destacar no mercado de trabalho.

Big Data, Gestão de Dados e Análise de Dados são três diferentes eixos de atuação em Ciência de Dados. Além disso, são os eixos que compõem o itinerário da formação técnica e profissional em Ciência de Dados da Fundação Telefônica Vivo, presente como projeto-piloto nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

De fato, a área de Ciência de Dados é ampla e oferece uma gama de oportunidades para quem deseja um crescimento profissional rápido e significativo.

“O Novo Ensino Médio proporciona uma carga horária específica para disciplinas eletivas, o que permite o contato com conteúdos complementares do interesse do aluno. Como resultado, isso aumenta o engajamento e o rendimento e aproxima os jovens de conteúdos que podem estar ligados ao mercado de trabalho e com alta demanda no cenário atual. Por exemplo, Ciências de Dados, Programação, Marketing Digital, entre outros”, comenta David Engelstein.

De acordo com a pesquisa da Integration Consulting, o mercado destinado para os egressos do Curso Técnico em Ciência de Dados é estimado em 270 mil vagas. Além disso, 706 mil contratações alinhadas ao escopo de Ciência de Dados foram feitas no país nos últimos 12 meses.

Entretanto, para crescer nesse setor é necessário se manter atualizado. Assim sendo, uma formação continuada, por meio de cursos rápidos ou a distância, é essencial para os profissionais que atuam em um mercado com tantas necessidades.

“As empresas entendem que esse [curso técnico profissionalizante] é apenas o começo da formação profissional. Em uma área de rápida inovação como a tecnologia é ainda mais importante, na visão dos profissionais de Tecnologia e Recursos Humanos entrevistados, quebrar o paradigma de ‘primeiro estudar, depois trabalhar’ para um paradigma mais fluido de trabalho e aprendizagem constante ao longo da carreira”, conclui o especialista.

Raio-X da carreira em Ciência de Dados

  • Também conhecido como: Analista de Dados, Data Science Specialist.
  • Competências mais comuns: Ciência de Dados, Aprendizado da Máquina, Python
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços bancários, Serviços financeiros.
  • Cidades com mais contratações: São Paulo (SP), Brasília (DF) e Campinas (SP).
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 77,2% homens e 22,8% mulheres.

Fonte: Lista Empregos em alta 2022 do Linkedin


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