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10.05.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Plataformas na web unem desconhecidos e ajudam a resgatar valores como confiança e empatia

Na contramão da dinâmica de consumo que vivemos hoje, um movimento vem ganhando cada vez mais adeptos: a economia colaborativa

7 pessoas sorriem posando para foto usando avental

Na contramão da dinâmica de consumo , a economia colaborativa vem ganhando cada vez mais adeptos
Foi buscando a primeira opção com a ideia de estimular a colaboração e o senso de comunidade entre vizinhos que nasceu o Tem Açúcar?.
Idealizada pela jovem Camila Carvalho em 2014, a plataforma na internet surgiu para que pessoas do mesmo bairro ou região pudessem emprestar e pedir coisas emprestadas, não só economizando em tempos de crises, mas ajudando o próximo pelo simples princípio da colaboração.
A iniciativa tornou-se um sucesso, e hoje conta com 45 mil usuários na página do Facebook. Entre eles, está a carioca Fernanda Cintra.
No último Ano Novo, ela ia receber dois casais de amigo em sua casa e precisava de um ventilador extra para dar conta no calor. Então, teve a ideia de se cadastrar no aplicativo e conseguiu um ventilador emprestado com uma moça do bairro vizinho.
“Foi tão prático e a moça foi tão gentil, que fiquei encantada. Achei engraçado porque não foi nada demais, mas essa disponibilidade mexeu comigo de alguma forma. E fiquei pensando na quantidade de coisas que a gente compra no impulso de resolver a própria vida, mas que logo ficam paradas em casa”, conta Fernanda.
Baseada no princípio de que é melhor compartilhar do que comprar, a jornalista Fernanda Carpegiani, de São Paulo, sempre fez trocas e empréstimos de roupas e objetos entre amigas. Por meio do Tem Açúcar? ela emprestou forminhas de sorvete que estavam sem utilidade em sua casa para uma vizinha e depois descobriu que elas já tinham se encontrado no bairro.
“Tem muita coisa boa que as pessoas não usam e que podem ser repassadas. E gosto de saber que algo que doei vai ser útil para alguém e levar um pouco de mim para a vida daquela pessoa. Parece meio piegas, mas é uma troca de energias mesmo”, diz.

Escambo de talentos
A prática que vai além da oferta de bens ou serviços e promove uma troca de experiências, também motivou a jornalista Lívia Deodato. Ela já compartilhava o carro, objetos, roupas e fazia uso de aplicativos como Tem Açúcar?, mas foi após voltar de uma viagem à Bahia, que teve uma ideia que mudaria sua rotina.
“Voltei de férias sem um tostão no bolso e queria fazer as unhas da mão e do pé. E me deu um estalo que eu poderia oferecer meu trabalho como jornalista em troca de alguém que pudesse me proporcionar esse serviço”, conta. A jornalista decidiu criar um grupo para os mais íntimos, pensando que poderia haver outros amigos na mesma situação. Surgia aí o Escambo de Talentos.
O que era para ser uma iniciativa pequena cresceu de forma totalmente inesperada e quatro meses após a criação, o grupo no Facebook já conta com quase 15 mil participantes. A ideia é valorizar hobbies e habilidades que não necessariamente tem a ver com a profissão que a pessoa exerce.
“As pessoas estão resgatando sentimentos e valores que tinham sidos perdidos ou esquecidos, fortalecendo também a empatia entre elas. Nesta lógica todo mundo sai ganhando”, explica.
Navegando pelo grupo é possível encontrar gente oferecendo aulas de culinária em troca de um logotipo para empresa ou ensinando a andar de patins em troca de aulas de espanhol. No Escambo de Talentos vale tudo, desde que não haja remuneração envolvida na troca ou propaganda do próprio negócio.
A depender da quantidade aplicativos e grupos que surgem na internet incentivando a troca em detrimento do consumo e alternativa para momentos de crise, a economia colaborativa tem se mostrado mais do que uma prática, mas um modo de vida que definitivamente veio para ficar.

“O modelo de compartilhamento não é uma novidade, mas esses aplicativos e plataformas colaborativas da internet que facilitam as trocas são uma tendência que terão forte influência nas políticas urbanas e também na forma como nos relacionamos com o espaço público e com os outros”, Rogério Cruz, 31 anos, professor universitário de arquitetura e urbanismo e usuário do Tem Açucar?. “Eu já praticava a economia compartilhada sem saber que tinha esse nome. Sempre herdei roupas usadas das minhas primas, comprava em bazar na igreja e pegava coisas emprestadas com os vizinhos. É curioso como esse conceito renasceu sob a lógica da sustentabilidade e da solidariedade e, felizmente, não é apenas por necessidade ou falta de grana. Pelo contrário, é uma oportunidade de praticar a confiança no outro.” Daniele Garcia, 36 anos, escritora e usuária do Tem Açúcar?. “Da primeira vez que usei o Tem Açúcar? doei um pedaço de espuma que a pessoa precisava pra consertar o sapato – coisa mais simples! Mais recentemente, emprestei uma mala de mão que. Pois ela passou uns meses viajando pelo sul do país e na volta veio com uma caixa de chocolates - que acredito terem sido mais caros que a minha malinha! Não tem preço manter vivo um gesto de confiança, de gentileza, de fazer o bem. Isso é viciante”, Adriana Guivo, 40 anos, artista plástica.

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