Aconteceu em São Paulo a cerimônia de premiação do 6º Concurso Causos do ECA, promovido anualmente pela Fundação Telefônica. Conheça os vencedores!
Confira os destaques da sexta edição do Concurso Causos do ECA
Aconteceu ontem à noite, em São Paulo, a cerimônia de premiação do 6º Concurso Causos do ECA, promovido anualmente pela Fundação Telefônica em parceria com a ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). Cerca de 900 pessoas prestigiaram os vencedores, num evento inovador, que contou com performances artísticas do grupo circense Nau de Ícaros e apresentação de curta-metragem de uma das histórias finalistas, escolhido para exibição, de forma interativa pelos presentes, dentre quatro opções oferecidas.
Finalistas de nove Estados, além do Distrito Federal, estiveram presentes para o anúncio dos vencedores e o lançamento do livro “Causos do ECA: Muitas histórias, um só enredo”, que reúne 21 “causos”. Também foi oferecido livro multimídia, com os quatro curtas-metragens produzidos a partir das histórias finalistas e que contém, ainda, todo o conteúdo da publicação impressa, com sistema de busca por temas, autores, região e comentaristas, entre outros.
O e-book traz também as estatísticas do concurso, no qual são inscritas histórias contadas por pessoas que viveram ou presenciaram situações em que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) mudou para melhor a vida de crianças e adolescentes. Neste ano, às duas tradicionais categorias – “ECA como Instrumento de Transformação” e “ECA na Escola” – somaram-se a premiação por Júri Popular, três menções honrosas e uma categoria especial, criada à parte, para funcionários do Grupo Telefônica.
Em 2010, o concurso recebeu um recorde de 1.196 causos inscritos, 53% a mais que no ano anterior. Na categoria “ECA como Instrumento de Transformação”, o primeiro lugar ficou com Wilson Ricardo Coelho Tafner, de São Paulo, cuja história tornou-se um grande marco no que se refere à garantia dos direitos de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado e o trabalho de diferentes atores para o aprimoramento do atendimento em unidades de internação.
Já na categoria “ECA na Escola”, a primeira colocação ficou para Mirian Teresinha Zimmer Soares, de São Leopoldo (RS). Ela relatou a ação de uma gestora de escola, que garantiu a discussão sobre os direitos das crianças através da utilização de recursos lúdicos. O trabalho, intitulado “ECA com Boneca”, trouxe uma grande mobilização da comunidade escolar e favoreceu o desenvolvimento dos alunos.
A votação do júri popular, realizada pela Internet, premiou o “causo” contado por Diogo Francisco da Silva Estevam, de Colatina (ES). Ele narrou a história de um pré-adolescente que esteve em situação de trabalho infantil, mas que teve sua vida transformada com apoio de familiares e de agentes do sistema de garantia de direitos.
Por fim, entre os empregados do Grupo Telefônica, o vencedor foi Antonio Alfredo Silva, cujo “causo” relata o trabalho voluntário de contação de histórias para crianças hospitalizadas e o encontro com um menino que busca, a seu jeito, proporcionar um momento de lazer ao seu colega de quarto.
A Fundação Telefônica entregou R$ 15 mil a cada um dos primeiros colocados de cada categoria, enquanto os segundos lugares receberam R$ 10 mil e os terceiros, R$ 5 mil, cada. O vencedor da votação por Júri Popular recebeu prêmio no valor de R$ 10 mil. As histórias que compõem o livro receberam comentários de personalidades como Heloísa Prieto, Antônio Carlos Gomes da Costa, Aída Monteiro, Irene Rizzini, João Batista da Costa Saraiva, Maria Alice Setubal, Wellington Nogueira e Yara Sayão, entre outros. A íntegra da publicação também pode ser vista no portal Pró-Menino (www.promenino.org.br).
O concurso é uma iniciativa da Fundação Telefônica, em parceria com a ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), por meio do Portal Pró-Menino (www.promenino.org.br), cujo gestor executivo é o CEATS (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor), da FIA (Fundação Instituto de Administração). O projeto conta com apoio da Lei Rouanet, de Incentivo à Cultura.
Confira todos os vencedores do 6º Concurso Causos do ECA:
Categoria “ECA como Instrumento de Transformação”
1º – Wilson Ricardo Coelho Tafner – São Paulo (SP) – Sob os Telhados
2º – Joelma Martins de Sena – Belém de São Francisco (PE) – Gerando Cidadania
3º – Denise Soares Flores – Porto Alegre (RS) – Pequenos Príncipes
Menção honrosa: Ana Paula Dias Guimarães – Brasília (DF) – Pulseiras Trocadas
Categoria “ECA na Escola”
1º – Mirian Teresinha Zimmer Soares – São Leopoldo (RS) – ECA com Boneca
2º – Maria de Fátima Holanda dos Santos – Limoeiro do Norte (CE) – Um Recreio com Sabor de Brincadeira
3º – Kátia Cilene Neves Domingos – Macapá (AP) – ECA e Escola: Uma Parceria de Sucesso
Menções honrosas: Ângela Regina Ramalho Xavier, Maringá (PR) – Um Causo de Saúde e Educação, e Denize Ker Lima, Rio de Janeiro (RJ) – A Vitória da Democracia.
Premiação Júri Popular
1º – Diogo Francisco da Silva Estevam – Colatina (ES) – O Ex-Vendedor de Amendoim
Categoria Funcionários Telefônica
1º – Antonio Alfredo Silva – São Paulo (SP) – Vitor, o Contador de Histórias
2º – Marcio Lucio Correia Dias – São Paulo (SP) – Voando Mais Alto que a Vida
3º- Eliza Harumi Fujita – Presidente Prudente (SP) – Uma Palavra Forte com Dimensões Gigantescas
Números do concurso:
A sexta edição do concurso contou com participação de todos os Estados brasileiros. A maior parte das histórias foi enviada pela região Sudeste (65,3%), seguida das regiões Nordeste (14,4%), Sul (13,5%), Norte (3,5%) e Centro-Oeste (3,3%). Apenas o Estado de São Paulo respondeu por 47,8% dos “causos” inscritos. Entre os temas abordados, a maior parte se referia a violação de direitos como abandono e negligência, trabalho infantil ou escravo, precariedade da situação familiar, exclusão escolar, bullying e abuso sexual, entre outros.
As vítimas das violações eram, em sua maioria, meninos (40,6%), enquanto as meninas eram 29,4% dos casos e ambos os sexos estiveram envolvidos em 22,3% das histórias. Já entre os autores, professores e educadores representaram 31,2% do total de participantes, seguidos por conselheiros tutelares (12,2%) e de estudantes (9%). Na sequência, aparece uma grande variedade de perfis profissionais.
A categoria geral “ECA como Instrumento de Transformação” respondeu por 76% das inscrições, enquanto 21% das histórias foram enviadas para a categoria “ECA na Escola”. As inscrições de empregados responderam por 2% do total.
Sobre a Fundação Telefônica
A Fundação Telefônica gerencia a maior parte da ação social e cultural do Grupo Telefônica no mundo, demonstrando seu compromisso com as sociedades junto às quais atua. A instituição está presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Equador, El Salvador e Venezuela e também desenvolve programas junto a operadoras locais da Telefônica na Guatemala, Nicarágua, Panamá e Uruguai. No Brasil, foi criada em 1999 e atua para o desenvolvimento social por meio da consolidação dos direitos das crianças e dos adolescentes. Desde o início de sua atuação, mais de 500 mil pessoas já foram beneficiadas direta ou indiretamente pelos projetos que desenvolve, por meio dos programas EducaRede, Pró-Menino, Arte e Tecnologia e Voluntários Telefônica.