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12.05.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Com tecnologia e empatia, iniciativas ajudam a mudar estereótipos da maternidade

Grupos de mães têm se unido cada vez mais para compartilhar experiências e também fazer negócios

Grupo de mães cantam ao lado dos filhos

Grupos de mães têm se unido, através da tecnologia, cada vez mais para compartilhar experiências da maternidade (mas não só) e também fazer negócios

Elas organizam suas rotinas, fazem jornada dupla, tripla e até quarta para conseguir dar conta de todas as tarefas. Muitas, por opção ou necessidade, acabam saindo do emprego formal depois que engravidam em busca de maior flexibilidade. Ou ainda participam de projetos paralelos que proporcionam um momento de aproximação com outras mães e também com os próprios filhos.

Considerado um dos maiores portais de empreendedorismo materno do Brasil, o Maternativa conta com uma rede de 18 mil mães que participam de encontros de networking, cursos de formação para mães empreendedoras e uma plataforma virtual de compra e venda de produtos. A rede ainda tem um grupo fechado no Facebook que funciona como espaço de discussão, informações de interesse e troca de experiências.

“Antes de investir energia e tempo em um projeto, buscamos essa reflexão, para que as mães descubram o que querem e como se organizar para isso, considerando que agora a rotina não será mais a mesma”, diz Camila Conti, à direita.

“Antes de investir energia e tempo em um projeto, buscamos essa reflexão, para que as mães descubram o que querem e como se organizar para isso, considerando que agora a rotina não será mais a mesma”, diz Camila Conti, à direita.
“Queremos ajudá-las a enxergar novas possibilidades de empreender. É possível usar a tecnologia a favor e pensar em projetos que sejam uma fonte de renda dentro da nova rotina”, explica Camila Conti, uma das fundadoras do portal, junto com Ana Laura Castro.

 
Música que acolhe
A busca por um espaço de troca e acolhimento vai além do ambiente virtual. Procurar uma atividade em que pudesse sair de casa com sua filha de 2 anos e que ao mesmo tempo lhe proporcionasse satisfação pessoal, levou a fisioterapeuta Luciana Seiler a conhecer o grupo de coral Materna em Canto.

“Há muitos lugares que não aceitam crianças, a não ser que seja um lugar voltado para mães, e nós também queremos fazer coisas bacanas com nossos filhos em espaços que fujam atividades tradicionais, como acontece no coral”, diz.

https://www.youtube.com/watch?v=mWXe8bWXaOQ

O projeto é uma iniciativa da musicista Isadora Canto, que também é idealizadora do Projeto Acalanto e dá aula de canto e violão para mães em São Paulo. A premissa da inciativa é a musicalização e fortalecimento do vínculo da mãe com o bebê, mas o empoderamento feminino e materno também é pauta em rodas de discussão dos grupos e nas escolhas das músicas.
“Quando a mulher engravida e se torna mãe, ela não é mais a mesma em diversos aspectos. Oferecemos um espaço que vai muito além do cantar. Aqui, elas encontram companhias para falar sobre temas em comum e se sentirem à vontade, livre de julgamentos”, afirma Isadora.
 
Tecnologia e afetividade
“A maternidade é um momento muito solitário. Então, quando a gente se aproxima de outras mães, com questões parecidas com a nossa, nos sentimos acolhidas de certa forma”, conta a jornalista Áurea Gil, fundadora do site Pac Mãe em parceria com a também jornalista Fernanda Café, a publicitária Kristal Metello e a produtora Anna Beatriz Siqueira.
Criado em 2013, o site une cultura pop e assuntos materno-infantis, abordando temas como empoderamento infantil, sexismo, equidade de gêneros e representatividade.
“A gente se uniu por conta da maternidade, o gosto por temas geeks e a tentativa de criar nossos filhos livres de estereótipos. Buscamos deixar o espaço de debate sempre democrático, sem seguir uma linha editorial definida”, contam.

As fundadoras do Pac Mãe (da esquera para direita: Kristal Metello, Anna Beatriz Siqueira, Áurea Gil e Fernanda Café.

As fundadoras do Pac Mãe (da esquera para direita): Kristal Metello, Anna Beatriz Siqueira, Áurea Gil e Fernanda Café.
Os projetos e iniciativas mudam, os contextos também, mas o sentimento de que não há modelo ideal de maternidade é compartilhado por todas as mães.
“As mulheres estão se empoderando, mas é preciso que esse sentimento seja compartilhado. Toda mãe quer criar o filho com presença, mas ainda existe o sentimento de culpa, porém, vejo essa união feminina como uma mudança de paradigma. Ter esse olhar externo seria o verdadeiro presente de Dia das Mães”, diz Ana Laura, do portal Maternativa.


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