Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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11.09.2020
Tempo de leitura: 4 minutos

Curso convida educador a trabalhar a programação sem uso do computador. Conheça!

Resolução de problemas e desenvolvimento da criatividade fazem parte da formação do Escolas Conectadas que propõe trabalhar programação com e sem uso do computador

Notebook aparece no canto direito da tela, em primeiro plano, e ao fundo aparece desfocado um grupo de seis pessoas sentadas em uma mesa de reunião e debruçadas sobre um mesmo documento. A imagem ilustra curso de formação continuada sobre programação para educadores.

A plataforma Escolas Conectadas lança o curso Ensinando o computador: da lógica da programação para a lógica da aprendizagem para apresentar conceitos sobre programação, relacionando-os à resolução de problemas. A proposta é aprender a trabalhar com estruturas básicas da introdução ao universo dos códigos computacionais com a programação desplugada, ou seja, sem necessariamente usar um computador.

A plataforma de ensino a distância Escolas Conectadas faz parte do ProFuturo, programa global da Fundação Telefônica Vivo criado em parceria com a Fundação ”la Caixa”, que tem entre suas premissas a formação continuada e a troca de conhecimento entre educadores em sintonia com as competências e habilidades necessárias para a construção de uma sociedade alinhada ao século XXI.

A resolução de problemas, junto com raciocínio lógico, a capacidade de aprendizado e o planejamento, são algumas das principais habilidades que o pensamento computacional ajuda a desenvolver. Além disso, a formação de indivíduos autônomos e que se tornem protagonistas de suas trajetórias de vida já é uma realidade orientada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).Segundo a pesquisa Juventudes, Educação e Projeto de Vida, lançada pela Fundação Roberto Marinho (FRM) em parceria com o Plano CDE e que ouviu 1.500 jovens no Brasil, a indecisão é tida como um dos pontos de atenção no perfil dessa faixa etária no século XXI. Para os estudantes, escolher uma carreira ou ter um projeto de vida em um mundo que passa por constantes transformações pode trazer muitas inseguranças e dúvidas.

Para Mônica Mandaji, professora doutora em Educação e Currículo e presidente do Instituto Conhecimento Para Todos, a vantagem de desenvolver atividades de programação desplugada com os estudantes está em trazer descontração e novos olhares para as questões cotidianas.

“A partir dessas atividades, o aluno começa a trabalhar com raciocínio matemático e com raciocínio lógico e isso faz com que ele consiga olhar para as coisas do dia a dia, resolver problemas simples para depois partir para a resolução de questões mais complexas. O grande diferencial para o professor é conseguir fazer com que olhem a matemática de uma forma mais leve”, afirma.

O curso Ensinando o computador propõe justamente essa associação da lógica de programação com a vivência do dia a dia por meio de conceitos como variáveis, repetições e condicionais, explicando o que são funções e operadores lógicos.

No entanto, isso não significa que os computadores ficarão totalmente de fora dessa formação. Os educadores que participarem vão aprender também a programar uma aplicação no software Scratch a partir de um tutorial e criar uma proposta autoral.

Pensar de forma simples, mas com criatividade

O futuro do trabalho já é moldado pela 4ª Revolução Industrial e, em um mundo onde o termo VUCA (sigla em inglês para Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade) ganha corpo, se faz ainda mais necessário formar indivíduos preparados para lidar com mudanças tecnológicas, sociais e econômicas.

A educação integral dos estudantes passa pelo desenvolvimento de competências, conceitos e procedimentos, além de habilidades práticas, cognitivas e socioemocionais, o que envolve estímulo à criatividade, trabalho em equipe e colaboração.

“O grande desafio do professor está em fazer conexões com o dia a dia do estudante. É mostrar para o aluno que é possível praticar o raciocínio lógico a partir de coisas muito simples. Por exemplo, com um batuque na mesa é possível ensinar sobre unidade mínima e padrão, pilares do pensamento computacional. Vai muito da criatividade do professor trabalhar esse encantamento no aluno”, conclui a professora doutora Mônica Mandaji.

A educadora conduziu uma palestra sobre programação desplugada no Dia D do Movimento Inova, evento promovido pela secretaria de educação de São Paulo, que envolveu a criação de música associada a conceitos da programação.

Para os educadores interessados no curso Ensinando o computador: da lógica da programação para a lógica da aprendizagem, basta acessar o site da plataforma Escolas Conectadas e fazer a inscrição! A formação tem carga horária de 30 horas e é certificada por instituição reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação).


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