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Com o projeto Aula Digital, duas escolas em Sergipe, encontraram uma forma eficiente de trabalhar conceitos como autoconfiança, respeito e empatia em sala de aula

A cidade de Laranjeiras, na região leste do Sergipe, abriga uma das maiores comunidades quilombolas do Brasil, a Mussuca, responsável por promover um polo de cultura afro-brasileira na região, onde o programa Aula Digital está em uso. Valendo-se do contexto em que está localizada, a Escola Municipal Alcino Manoel Prudente promove atividades frequentes de valorização da negritude brasileira.

No estado de Sergipe, o Aula Digital, em parceria com a  Secretaria Estadual Educação em regime de colaboração com os municípios, está presente em 469 escolas de 30 cidades, beneficiando 4.690 educadores e mais de 100 mil estudantes.

Em 2017, passou a integrar o Aula Digital, projeto que faz parte da iniciativa global ProFuturo, da Fundação Telefônica Vivo e da Fundação “la Caixa”, e que incorpora inovação por meio da tecnologia e novas metodologias de ensino e aprendizagem. Desde então, a escola usa a tecnologia para potencializar os assuntos trabalhados em aula.

“Semanalmente nossos alunos usam a plataforma para trabalhar alguns conteúdos e nós percebemos gradativamente o progresso deles, tanto em melhorias de aprendizagem como no comportamento durante as aulas e até no engajamento com as tarefas de casa”, descreve Virgínia Olegario da Silva Oliveira, professora do 1º ano do fundamental.

Durante a Semana da Consciência Negra, celebrada em 20 de novembro, os professores organizaram um projeto interdisciplinar para trabalhar o tema com os alunos. Encontraram em um dos conteúdos da plataforma do Aula Digital, a disciplina Maneiras de Pensar – Eu e eu mesmo no grupo, um apoio para falar em sala de aula sobre respeito e autoestima.

Imagem mostra jovens se apresentando na escola

Oliver John, pesquisador da Universidade da Califórnia propõe dividir as competências socioemocionais em cinco eixos, alinhados à BNCC. Clique aqui para saber mais.

O que as professoras não imaginavam é que a atividade iria proporcionar um momento marcante. Como parte da disciplina trabalhada na plataforma, os alunos foram apresentados à fábula do Patinho Feio. Depois de ouvirem a história, as professoras convocaram uma discussão em grupo.

Erik, um dos alunos do 4º ano, compartilhou com os colegas que se identificava muito com o Patinho Feio, pois se sentia excluído por causa da sua dificuldade para falar em decorrência de problemas de dicção.

“Foi um momento de muita emoção, pois a escola até então não tinha conhecimento desta angústia de um de nossos alunos, e graças a uma atividade feita com a maleta (do Aula Digital) teve a oportunidade de perceber a situação e tomar ações para driblar esse sentimento”, relata Virgínia.

O ocorrido motivou uma transformação na escola. Os educadores passaram a realizar rodas de conversas periódicas para falar de assuntos como respeito ao próximo e empatia. Além disso, passaram a acompanhar para cada aluno com mais atenção e cuidado, a fim de identificar possíveis angústias, como as que Erik sentia.

Um “boom” no engajamento

A plataforma do Aula Digital também é uma aliada valiosa dos professores da Escola Estadual São José, localizada na zona rural de Poço Verde, também em Sergipe. Desde que os tablets chegaram, estimulam o desenvolvimento de competências digitais entre os alunos, que estão mais motivados e engajados com o aprendizado.

A diretora Raimunda Ribeiro dos Santos lembra que no início do projeto existia certo receio de como usar a tecnologia em aula. “Fomos percebendo que os conteúdos da plataforma casavam com os do livro didático, só que nos tablets era mais atrativo. Isso deixa os alunos com vontade de aprender, de avançar para a próxima atividade ou o próximo vídeo”.

Trabalhado de forma interdisciplinar, os professores usam os recursos digitais para potencializar o aprendizado dos mais variados conteúdos, como alimentação, medidas do tempo, sistema de numeração, sistema solar, números e até alfabetização.

“Com a minha turma, já começamos o processo de alfabetização ao ligar os tablets, utilizando o login e a senha. Através desses campos é possível trabalhar as letras e os números, além de coordenação motora, identidade e até características físicas por meio do avatar”, explica a professora Cintia Maria de Santana, do 1ª ano do fundamental.

A educadora também destaca que algumas atividades da plataforma a ajudam a trabalhar alguns conteúdos de maneira mais significativa. “Nós tivemos uma aula de respeito e cidadania que foi inserida dentro da Semana de Jogos da escola. A atividade trazia algumas imagens explorando o que era certo e errado e nós fomos conversando ponto a ponto, fazendo as interligações com a vida deles, com o que eles vivenciavam em casa, na escola e pelo bairro. Eles interagiram muito e adoraram”, conclui Cintia.

Escolas de Sergipe usam a tecnologia para trabalhar competências socioemocionais
Escolas de Sergipe usam a tecnologia para trabalhar competências socioemocionais