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06.03.2025
Tempo de leitura: 6 minutos

Conheça 10 ferramentas de IA para apoiar educadores e estudantes

Diante de ampla oferta de plataformas, recursos e aplicações, especialistas indicam as ferramentas de IA mais adequadas e confiáveis para uso em sala de aula

Imagem ilustra matéria sobre IA na sala de aula: 10 ferramentas essenciais

Com a popularização de ferramentas de Inteligência Artificial (IA), escolher a que melhor contribui para o processo de ensino e aprendizagem pode não ser uma tarefa tão simples. De acordo com Seiji Isotani, professor da Universidade de São Paulo (USP), e professor visitante em Harvard, nos Estados Unidos, o Brasil pode ser um dos líderes na tarefa de pensar em como adaptar o uso da IA em sala de aula em países em desenvolvimento.

Para Seiji, que também preside a Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação (Iaied Society) e fundou do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), rede com mais de cem pesquisadores com o propósito de impactar positivamente a educação para a transformação social, a inteligência artificial na educação tem um potencial imenso, inclusive em escolas de locais remotos e sem conexão com internet. “As ferramentas de IA contribuem para melhorar o aprendizado dos alunos e podem também auxiliar o professor a preparar um material didático considerando diferentes tipos de estudantes, ajudando a personalizar o ensino”, explica. A chave, segundo Seiji Isotani, “é usar essas tecnologias de forma complementar, sempre com o objetivo de enriquecer o processo educacional e não substituir a interação humana essencial no aprendizado”.

Francisco Borges, mestre em Educação e consultor de Educação da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), entidade sem fins lucrativos que há mais de 30 anos promove e desenvolve o ensino técnico e tecnológico, também vê bons exemplos do uso da IA em sala de aula: “Conheço professores da área de física e química que utilizam alguns recursos de IA. Demonstram para o aluno como é uma estrutura de camada de elétrons, interagem com objetos que são invisíveis a olho nu”.

 

Veja as ferramentas de IA mais indicadas para educação

Na lista abaixo, confira as ferramentas de IA — todas gratuitas e com versão em português —, indicadas pelos especialistas ouvidos pela reportagem.

Khanmigo

Projeto de IA educacional da Khan Academy, uma organização sem fins lucrativos, a plataforma oferece ferramentas para educadores e estudantes. O sistema auxilia professores com o planejamento de aulas, cumprir objetivos de aprendizagem personalizado e até a redigir bilhetes para sua turma. Para os alunos, a IA oferece assistência imediata enquanto eles estudam conteúdos da plataforma, oferecendo suporte personalizado durante sua jornada de aprendizado, sugerindo exercícios, complementos para aprofundar determinados temas e fazendo conexões entre disciplinas.

Socratic AI

Aplicativo de IA educacional do Google, disponível para Android e iOS. Por meio do reconhecimento fotográfico, ele tira dúvidas e aprofunda conhecimentos em diversas disciplinas. As respostas vêm acompanhadas de explicações teóricas, imagens ou vídeos. O serviço combina Inteligência Artificial e informações da rede para interpretar as questões. Apesar de utilizar a internet, como é estritamente educacional, os alunos não correm o risco de serem expostos a conteúdos inadequados. Há também muitas respostas de dúvidas comuns elaboradas por uma comunidade de professores, estudantes e especialistas sobre todas as matérias.

Photomath

O aplicativo é focado no ensino de matemática e é capaz de reconhecer fotos de equações para resolvê-las ou corrigi-las. Há diferentes planos de assinatura, mas mesmo a versão básica (gratuita) disponibiliza recursos tecnológicos na educação sobre matemática elementar, álgebra, geometria e estatística.

ChatSimpleAi

A ferramenta oferece um gerador de perguntas e respostas gratuito. Basta os professores enviarem os conteúdos para formular uma tarefa ou uma prova que a IA cria as perguntas e as respostas. É possível selecionar o número de perguntas desejado e até mesmo palavras-chave para a IA priorizar determinados assuntos nas questões.

ChatGPT, Gemini e DeepSeek

As três plataformas de Inteligência Artificial generativa (capazes de criar conteúdos) mais famosas também podem ser muito úteis em atividades escolares. Com essas ferramentas, é possível trabalhar com recriações históricas, criações fictícias ou mesmo projeções. Por exemplo, dá para criar imagens da colonização portuguesa no Brasil, um quadro inédito do Van Gogh, fazer projeções de como será a Terra se o aquecimento global não for contido etc. Outra opção é atribuir personagens às IAs. Por exemplo, é possível pedir que emulem um personagem histórico para os alunos entrevistarem sobre determinados fatos ou períodos. É possível até orientar as IAs a adequarem suas respostas para crianças de 12 anos, por exemplo, facilitando o entendimento.

Maritaca

Plataforma brasileira de IA generativa, similar ao ChatGPT e seus concorrentes, criada por pesquisadores do núcleo de estudos em inteligência artificial da Unicamp. Com sistema de linguagem desenvolvido e treinado em português, a proposta é ser mais assertiva nas respostas às pesquisas realizadas por brasileiros.

Padlet

Plataforma para criar murais colaborativos de forma organizada, onde educadores e estudantes podem trocar arquivos de diferentes formatos (frases, gifs, links, imagens), realizar atividades, compartilhar ideias e sugestões, como um quadro de avisos ou fórum de discussão. Usando IA generativa, a plataforma cria planos de aula, atividades em turma, mapas de eventos históricos etc, a partir da descrição do educador.

Seeing AI

Esse aplicativo gratuito da Microsoft usa IA para descrever imagens, ler textos em voz alta e identificar objetos, cores e rostos. Ideal para alunos com deficiência visual. É possível digitalizar textos impressos para que o app os leia em voz alta, descrever gráficos ou imagens de apostilas durante a aula (ex.: “Este gráfico mostra o aumento da temperatura global desde 1900”). Proporciona independência na leitura para estudantes com deficiência visual, que podem apontar a câmera do celular para um livro ou quadro e ouvir o texto sendo lido; identificar cores de objetos em atividades de arte; reconhecer rostos de colegas e professores, ajudando na interação social (ex.: “Maria está à sua frente”).


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