Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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14.05.2018
Tempo de leitura: 5 minutos

Na BettEducar, oficina usa futurologia para debater educação

Organizada pela Fundação Telefônica Vivo, a atividade foi direcionada aos dirigentes nacionais de educação

Em parceria com a Undime, a Fundação Telefônica Vivo realizou uma oficina traz conceitos da futurologia para promover mudanças inovadoras na educação durante o Bett Educar 2018

Na quinta-feira, 10/05, a Fundação Telefônica Vivo realizou a oficina O futuro chegou por uma educação mais inovadora, usando uma metodologia diferenciada para promover uma discussão imersiva sobre inovação na educação durante a Bett Educar 2018, maior congresso de educação e tecnologia da América Latina.

A oficina foi destinada aos secretários de educação e dirigentes da Undime, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação. Durante oito horas, representantes de 19 Estados do Brasil e convidados estiveram reunidos para uma imersão no estilo mão na massa que incentivou o protagonismo e soluções inovadoras.

Desenvolvida com o parceiro executor CIEDs, Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, a metodologia se baseia nos conceitos da futurologia, exercício que usa tendências para prever o futuro e gerar planos de ação que começam a ser executados no presente.

“A gente traz conceitos do design thinking para fazer uma provocação sobre futuro, tendências e competências do hoje. Colocamos o participante como protagonista, que parte da sua realidade e de seus desafios para buscar soluções inovadoras”, diz Mila Gonçalves, gerente de Programas Sociais da Fundação Telefônica Vivo.

O mediador da oficina Beto Silva, colaborador do CIEDs, acredita que a experiência prática enriquece a discussão. “Geralmente os dirigentes participam de pautas com caráter teórico. Aqui nós estamos propondo que eles troquem angústias, acertos e dificuldades para que se conectem e construam uma rede de apoio cada vez maior”, diz.

O presidente da Undime São Paulo, Luiz Miguel Garcia, elogia a dimensão do evento. “Estamos com todas as regiões aqui representadas e isso é muito significativo”, diz.

O futuro é agora

Depois da introdução sobre o futurismo, ciência que visa transformações a partir de iniciativas no presente, Beto Silva discutiu sobre as três vertentes de futuro: possível, provável e preferível, ressaltando a importância do último. “Qual o futuro preferível que vocês querem para a educação na sua rede de ensino?”, questiona o mediador.

Os gestores tiveram um espaço para compartilhar impressões, que passaram por necessidade de equilíbrio entre evolução tecnológica e evolução humana, dificuldade em traçar metas na atualidade, valorização da sustentabilidade e educação como agenda prioritária dos governos.

Reunidos em grupos, os participantes fizeram atividades que ensinam a estruturar o pensamento a partir de uma perspectiva futurista. A discussão foi embasada pelo estudo Visões de Futuro + 15, da Fundação Telefônica Vivo, que traz dados, consulta de especialistas e mapeamentos digitais para mostrar as tendências de movimentos, comportamentos e tecnologia para os próximos anos.

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Inovação Educativa

A segunda metade da oficina foi voltada para a discussão sobre inovação como um fenômeno complexo que envolve aspectos pessoais, culturais, institucionais e operacionais. “Para sair do ponto que estamos com a educação e chegarmos até o que vocês definiram para o futuro, temos que passar por processos de inovação educativa”, diz Beto Silva.

Um a um, os gestores discutiram o conceito, abordando os preconceitos e indisposições que podem surgir com o termo. “Existe uma pressão muito grande para que tudo seja inovador, mas às vezes fica tão banalizado que ficamos perdidos. Por isso foi importante parar para refletir sobre o conceito e como ele pode ser aplicado na educação”, ressaltou Anita Stefani, gestora do Conviva Educação,um sistema de gestão gratuito voltado ao dirigente municipal de educação e às equipes técnicas das secretarias.
A oficina também abordou as políticas públicas que ajudam a desenhar o futuro preferível, como Plano Nacional de Educação, Base Nacional Comum Curricular e Educação Conectada, além de promover o compartilhamento de ações inovadoras que já estão sendo realizadas em cada município. O evento terminou com o convite para que os gestores voltem aos seus municípios provocados a coordenar processos amplos e consistentes de inovação educativa.

Depoimento dos gestores da Undime que participaram da oficina:

“A oficina nos trouxe uma visão mais aberta que amplia e nos permite levar de forma mais contextualizada para nossa região”, Alan Henrique de Oliveira, Secretário Municipal de Educação de Pontes e Lacerda, MT.

“Iniciativa fantástica. Fomos convidados a parar e pensar no que podemos colher amanhã. Precisamos fazer com que esse debate chegue aos municípios de forma mais compacta, para garantir que secretários possam levar para suas redes. Estamos de portas abertas para dar início a esta multiplicação”, José Thiago Alves, Secretário Municipal de Educação de Itabaianinha, SE.

“Essa reflexão é importante e deve chegar no chão da escola, com nossos professores. Em muitos locais temos palestras engessadas, aqui foi diferente”, Carlindo Klug, Secretário Municipal de Novo Horizonte do Oeste, RO.

“Conseguimos refletir e perceber como fazemos muitas coisas inovadoras. Fica esse olhar de que precisamos nos aproximar de nosso pessoal. Foi um momento gostoso para se aproximar a outros estados”, Eliane Oliveira, Secretária Municipal de Paraty, RJ.

A equipe da Fundação Telefônica, do CIEDs e os dirigentes de 19 estados da Undime reunidos após a oficina imersiva


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