Falar sobre o atual cenário da educação brasileira é também falar sobre o futuro profissional das juventudes do país. Afinal, investir na educação é investir em pessoas e em todo o seu potencial para o desenvolvimento da sociedade. Por exemplo, quando estudantes aprendem na escola a desenvolver suas competências digitais isso reverbera na formação de jovens capacitados para o mercado de trabalho. Em contrapartida, embora os jovens sejam o principal grupo produtivo no país, sua inserção no mundo do trabalho ainda se dá de forma precarizada e desigual.
As juventudes no Brasil representam 24% da população. Mas em comparação ao cenário internacional, o percentual de jovens sem oportunidade de estudo e trabalho é alto. De acordo com o relatório Education at a glance 2022, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos jovens “sem-sem”. Ou seja, uma parcela da juventude que está fora do mercado de trabalho e de qualquer instituição de ensino.
O afastamento prolongado das juventudes no mercado de trabalho pode impactar negativamente suas trajetórias laborais ao longo de uma vida. Nesse sentido, o questionamento que se faz é: quais são os caminhos possíveis para a inclusão das juventudes?
Uma das apostas é a Educação Profissional e Tecnológica (EPT), conforme aponta o estudo O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras, lançado no mês de março pela Fundação Telefônica Vivo em parceria com Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax e GOYN SP e executava pelo Instituto Cíclica em parceria com o Instituto Veredas.
A EPT tem como foco a formação integral dos estudantes, de modo que seja o primeiro passo na trilha formativa para uma profissão. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 77% dos estudantes ou egressos dessa modalidade de ensino conseguem um bom ingresso no mercado de trabalho. Além disso, jovens que cursaram o Ensino Técnico têm rendimento superior no mercado de trabalho aos jovens que frequentaram o Ensino Médio regular.
Conheça os principais estudos e publicações realizadas e lançadas pela Fundação Telefônica Vivo em 2023:
● Pesquisa Futuro do Trabalho para as Juventudes Brasileiras: a publicação apresenta um retrato da inclusão produtiva, social e tecnológica das juventudes do país, além das tendências para esses A pesquisa foi realizada em parceria com Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax e GOYN SP e executava pelo Instituto Cíclica em parceria com o Instituto Veredas. Acesse aqui.
● Pesquisa Tecnologias Digitais nas escolas municipais do Brasil: cenários e recomendações: a pesquisa teve como objetivo identificar como o ensino de Tecnologia e Computação está presente no currículo das redes municipais e quais são as estruturas de apoio ofertadas pelas Secretarias de Educação para garantir a implementação e o uso de tecnologias digitais nas escolas. O levantamento foi realizado em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio técnico do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede). Conheça!
● Guia de implementação da BNCC-Computação na Educação Básica: a publicação apresenta um passo a passo das etapas necessárias para que a Computação seja incorporada aos currículos das redes educacionais como componente curricular ou transversal ao currículo existente. Baixe gratuitamente.
● Planos de Aula de Matemática com foco em equidade racial: o material foi elaborado em parceria com a Mathema com os objetivos de aumentar o interesse de estudantes por essa disciplina, bem como fortalecer os aprendizados de conceitos básicos e a conscientização sobre a necessidade de incluir práticas de equidade racial nas ciências exatas. Acesse.
Futuro da educação pautou os principais eventos do ano
Em 2023, a Fundação Telefônica Vivo marcou presença em eventos que promoveram reflexões e discussões sobre o atual cenário e as perspectivas para a educação pública brasileira. Entre eles, o Fórum Reconstrução da Educação, promovido pelo Estadão, que teve a Fundação como uma das parceiras junto com Fundação Itaú, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Instituto Natura e Instituto Península.
Os debates do fórum foram norteados pelo tema “Quais os caminhos para que o Brasil retome a trajetória de melhora no processo de ensino e aprendizagem depois das dificuldades enfrentadas por educadores e estudantes no período da pandemia?”. Ao longo do evento, diversos especialistas apresentaram seus pontos de vista sobre essa questão e outras abordagens. Entre eles, Lia Glaz, diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo.
Lia também foi uma das convidadas do congresso “Edtechs e as Escolas Públicas: avançando na inovação e conectividade”. Realizado pelo portal Tele.Síntese com o objetivo de encontrar alternativas para promover o avanço da qualidade do ensino público com uso de ferramentas digitais, o evento on-line reuniu representantes da educação no Brasil para debaterem o novo contexto educacional na perspectiva digital
O uso qualificado da tecnologia na educação também esteve em pauta em uma das principais agendas do ano, o Fórum Nacional da Undime. Em sua 19ª edição, o evento abordou os desafios da educação brasileira para a próxima década, com a presença de dirigentes municipais de educação de todo o país.
Durante o Fórum, a Fundação Telefônica Vivo realizou a oficina “Caminhos para o desenvolvimento de competências digitais de estudantes e educadores”. Karina Daidone, gerente sênior de Projetos Educacionais da Fundação, apresentou dados da pesquisa Tecnologias Digitais nas Escolas Municipais do Brasil: cenários e recomendações e comentou que o uso da tecnologia vem pautando conversas sobre como é possível transformar o processo educacional de maneira igualitária e com intenção pedagógica.
Na ocasião, também foram apresentados detalhes da proposta aprovada pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o ensino de Computação na Educação Básica em complemento à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Desde a aprovação, o Brasil já está no rol de países onde a computação está incluída na Educação Básica.
Ciência de Dados: boas práticas docentes inspiraram estudantes
Estudantes da educação profissional do Ensino Médio de escolas públicas de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, que contam com o itinerário formativo em Ciência de Dados, do programa Pense Grande Tech, da Fundação Telefônica Vivo, colheram ao longo de 2023 os bons frutos do investimento que seus professores têm feito em formação continuada. A iniciativa ocorre em parceria com as Secretarias de Educação de ambos os estados.
Durante o primeiro semestre, os docentes concluíram mais uma etapa da Trilha de Formação Docente, oferecida pelo programa da Fundação. Eles participaram de formações específicas sobre Big Data e Gestão de Dados e adquiriram conhecimentos sobre Inteligência Artificial, linguagem de programação e desenvolvimento de sistemas, entre outros temas, que já estão contribuindo com o desenvolvimento dos estudantes para as atuais demandas do mercado de trabalho.
“Percebemos o desenvolvimento da autonomia e responsabilidade dos estudantes e notamos que estão aprendendo a trabalhar em equipe e respeitar o tempo e as diferenças. Outro fator importante é a capacidade desenvolvida para a criação de inovações”, relata o professor Wellington Luiz de Andrade, do Centro Educacional Prefeito Manoel de Aguiar, em Guaramirim (SC), sobre os resultados observados após a aplicação prática do que aprendeu nas formações.
Projetos pedagógicos focados em Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), lógica de programação e banco de dados foram desenvolvidos pelos professores. As boas práticas aplicadas em sala de aula podem ser conferidas aqui.
Voluntariado a favor da educação
O Dia dos Voluntários é considerado a maior ação de voluntariado corporativo do Brasil. 9.563 voluntários arregaçaram as mangas em 2023 em diversas atividades, realizadas em 59 instituições, localizadas em 45 cidades brasileiras, beneficiando 30.011 pessoas. 70% das instituições beneficiadas foram de educação, entre elas 10 escolas públicas. Entretanto, as ações do Dia dos Voluntários também ocorreram em organizações voltadas à assistência social, à diversidade e à saúde. Em uma ação inédita, este ano os colaboradores da Vivo puderam convidar seus filhos, cônjuges, pais, mães e irmãos para vivenciarem um dia de solidariedade.
