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A iniciativa inovadora, feita em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), chegará às redes de ensino com o objetivo de apoiar a implementação da formação técnica e profissional de nível médio dos estudantes

#CiênciadeDados#EnsinoMédio#Estudantes

Imagem mostra cinco estudantes em uma sala com computadores. Em primeiro plano, é possível ver um estudante e uma estudante conversando enquanto olham para a tela do computador. O jovem é negro e usa uma blusa na cor vinho e a jovem é branca e uma camiseta listrada.

Saber ler, interpretar e utilizar dados são habilidades que serão necessárias para tarefas básicas do cotidiano, assim como para as diversas profissões do futuro. Em várias áreas, a leitura e a análise de dados têm sido importantes para entender e solucionar diferentes questões da sociedade.

Essa necessidade tem a ver com o uso constante das tecnologias digitais que mudaram a forma como as pessoas se relacionam, se movimentam, consomem, habitam, cuidam da saúde, aprendem e até se divertem.

Se organizações e empresas em diversos ramos estão usando os dados de forma inteligente para melhorar suas estratégias, os jovens precisam começar a se preparar para as profissões que já existem e as que vão surgir.

Esse preparo se tornou tão necessário que uma das competências gerais obrigatórias de serem desenvolvidas por todos os estudantes no Novo Ensino Médio, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é a Cultura Digital. As competências específicas das áreas de conhecimento também trazem essa necessidade.

Atenta a esse cenário, a Fundação Telefônica Vivo idealizou o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados para os jovens do Ensino Médio. A oferta formativa, que faz parte do Pense Grande Tech, estará presente em escolas regulares, escolas técnicas e centros de educação profissional a partir de 2022, com projetos pilotos nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

“Na medida em que os conteúdos contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões, esperamos que os jovens possam tomar melhores decisões em suas vidas, contribuindo não só para a empregabilidade, mas também na formação de cidadãos conscientes do seu papel e protagonistas em suas vidas”, declara Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo.

Pense Grande Tech

Com o intuito de fortalecer cada vez mais a tecnologia como instrumento de transformação, surge o Pense Grande Tech. O objetivo do programa é contribuir ainda mais com o desenvolvimento de competências digitais em educadores e estudantes. As formações e conteúdos do Pense Grande Tech estão alinhados aos novos currículos para o Ensino Médio e por isso podem ser ofertados de forma transversal, compondo itinerários formativos e eletivas.

Leia mais: Educação em Dados: por que é importante para alunos e professores?

Parceria para formação inédita 

Convidado pela Fundação Telefônica Vivo, o CIEB (Centro de Inovação para Educação Brasileira)  é o parceiro técnico do projeto, que é o primeiro currículo experimental técnico em Ciência de Dados para nível médio no Brasil. O CIEB foi escolhido tanto por ser uma referência nacional na aplicação da tecnologia a serviço da aprendizagem, quanto pela sua experiência no desenvolvimento de currículos em tecnologias. Contribuíram também nessa construção os técnicos das Secretarias de Educação de diversos estados do Brasil, além da colaboração da Organização da Sociedade Civil (OSCIP) Social Good Brasil.

“A parceria com a Fundação foi muito positiva, pois o currículo de Ciência de Dados está absolutamente em linha com as demandas do mundo contemporâneo, além de ser inédito no Brasil. Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou a alfabetização em dados como um elemento imprescindível para todos os cidadãos e cidadãs viverem e exercerem plenamente seu propósito no mundo”, comemora Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB.

Com o lançamento do projeto de formação em ciência de dados, espera-se apoiar as redes de ensino na implementação do Novo Ensino Médio em temáticas atuais e de interesse das juventudes. Desse modo, trazer conteúdos significativos e experiências de aprendizagem inovadoras, que possam impactá-los positivamente nos campos pessoal e profissional. O parceiro-executor para formação de educadores será o Instituto Ânima, organização que atua na transformação da educação com experiência em práticas pedagógica, além de terem conhecimento sobre a temática de tecnologia.

 

Ciência de Dados como um caminho profissional 

O projeto Ciência de Dados foi criado para atender ao itinerário “Formação Técnica e Profissional”, que faz parte dos itinerários formativos que os estudantes do Ensino Médio poderão escolher cursar a partir de 2022 para tornar-se um cientista de dados.

Os itinerários foram incorporados pela lei 13.415/2017, que estabelece o Novo Ensino Médio com 1.800 horas de aula destinadas à parte comum da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e 1.200 horas de aula voltadas aos itinerários formativos.

As redes de ensino terão autonomia para definir quais itinerários formativos irão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar.

Os itinerários formativos são o conjunto de unidades curriculares que possibilitam o protagonismo do estudante. Com eles, o jovem tem opções de escolha – conforme seu interesse – para aprofundar seus conhecimentos e aprendizagens em uma ou mais áreas de conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional. Ou mesmo na mobilização de competências e habilidades de diferentes áreas. Dessa forma, estarão preparados para o prosseguimento de estudos ou para o trabalho.

Considerando os novos currículos alinhados à BNCC e ao Novo Ensino Médio, as escolas regulares de Ensino Médio, as escolas técnicas e os centros de educação profissional poderão oferecer um itinerário de formação técnica e profissionalizante em Ciência de Dados. E com isso, conferir aos estudantes a possibilidade de concluir o Ensino Médio com um diploma de Técnico em nível médio em Ciência de Dados.

 

Gestão de Dados, Big Data e Análise de Dados

 

Como o Currículo de Ciência de Dados proposto é composto por três eixos, também será possível ofertar três Formações Iniciais e Continuadas (FIC) com certificação intermediária de qualificação profissional em: Gestão de Dados, Big Data e Análise de Dados.

As unidades curriculares poderão ainda ser trabalhadas como eletivas, de maneira transversal no currículo do Ensino Médio regular, e em diversos itinerários formativos que abordem o tema da Tecnologia.

“Também vale destacar que cada um dos três eixos contém uma unidade curricular chamada ‘projeto profissional’, cuja proposta é justamente aproximar o currículo da realidade profissional por meio da sugestão de temáticas ligadas a desafios e situações do fazer profissional”, explica a diretora-presidente do CIEB.

 

Ciência de Dados e os jovens no mercado de trabalho 

Os jovens almejam uma carreira que proporcione um crescimento rápido e significativo. E o mercado de trabalho demanda por profissionais com habilidades e competências-chaves para tomar as melhores decisões que, com o avanço da tecnologia, são baseadas cada vez mais em dados.

“Precisamos democratizar a educação em dados. Todas as profissões necessitarão da leitura e análise de dados. Além disso, a educação em dados contribuirá com o crescimento pessoal e profissional dessa geração e com o desenvolvimento do país. A transformação digital da sociedade tornou a Ciência de Dados uma área crítica para todas as nações”, diz Dellagnelo.

E o diretor presidente da Fundação Telefônica Vivo complementa. “Para nós é fundamental apoiar o processo de formação dos jovens das escolas públicas, e as tecnologias digitais, além de um pilar fundamental para empregabilidade, fazem parte do desenvolvimento integral dos jovens.”

Curso técnico profissionalizante

 

Mais de 80% dos jovens têm de alto a médio interesse por opções de curso técnico profissionalizante. É o que aponta a pesquisa de abrangência nacional da Integration Consulting, com 500 alunos e 71 empresas, encomendada pela Fundação Telefônica Vivo.

Desses, 43% dos participantes, com idades entre 14 e 21 anos, mostraram interesse no Curso Técnico de Ciência de Dados.

O estudo ainda aponta que, dentro de uma formação de Ciência de Dados, cerca de 59% têm interesse em estudar Desenvolvimento de Software (apps e jogos). Na sequência, vêm Tecnologia da Informação (50%) e Configuração de Sistemas (47%).

As principais motivações dos jovens para estudar Ciência de Dados são conseguir um emprego após a formação ou durante o Ensino Médio, complementando sua renda familiar.

De acordo com a diretora-presidente do CIEB, as competências trabalhadas no Currículo de Referência para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Ciência de Dados vão atender a essa demanda, por estarem diretamente relacionadas ao fazer profissional do Técnico em Ciência de Dados.

“Os participantes do curso terão condições de trabalhar nos mais variados setores da economia, apoiando as ações de coleta, gestão, análise, visualização e interpretação de grandes conjuntos de dados, sempre fundamentados na cidadania digital, nos princípios da sustentabilidade e na ética”, explica.

Projeto-piloto nas Secretarias de Educação 

As Secretarias de Educação do Espírito Santo, do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina contarão com o projeto Ciência de Dados a partir de 2022. Os estados aderiram ao movimento que amplia a democratização das tecnologias digitais aos estudantes do Ensino Médio e irão implementar o currículo experimental de Ciência de Dados em suas redes de ensino.

Como Ciência de Dados não é curso que consta no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) do Ministério da Educação, a aplicação é considerada experimental. Contudo, as redes de ensino podem ofertá-lo desde que aprovados em seus respectivos Conselhos Estaduais de Educação (CEE), sendo posteriormente submetido ao MEC para inclusão do curso no catálogo, conforme a legislação vigente.

Nesses três estados, a implementação do projeto por parte da Fundação Telefônica Vivo inclui um guia de implementação e toda a documentação necessária para que o currículo possa ser integrado à dinâmica local. Contudo, a execução vai além.

“Faremos toda a formação dos professores das escolas selecionadas para o piloto, de ponta a ponta. Haverá acompanhamento ao longo de um ano com tutoria, que vai ser desenvolvida pelo Instituto Ânima. Também daremos apoio para idealizar qual é o perfil de professores que podem integrar essa disciplina, descendo até o nível de materiais, sequências didáticas, planejamentos de aula, enfim tudo o que for necessário para que de fato o projeto aconteça”, declara Lia Glaz, gerente sênior de Educação da Fundação Telefônica Vivo.

Fundação Telefônica Vivo lança formação em Ciência de Dados para o Novo Ensino Médio
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